sábado, 31 de dezembro de 2005

Blog? Pra quê?


- Ninguém mais lê blogs*
- A onda passou.

Há um pouco mais de dois anos escrevo no meiodonada. Escrevo porque acho um espaço legal para contar situações engraçadas ou reflexões do dia a dia. As idéias vão surgindo e eu vou postando.

Já fui contra colocar um contador para medir o acesso. Preferia ver o número de comentários, o que me daria uma noção tanto de acessos quanto de recepção. Depois que vi que o contador traria muito mais informações do que o número de visitantes, terminei aderindo.

E hoje, graças a esse contador, sei que esse blog está praticamente morto. Uns poucos amigos ainda participam, mas se isso virar um mural de palavras vazias jogadas ao "webvento" devo parar.

A todos, desejo com todo meu otimismo, um feliz Ano Novo! 2006 deve ser melhor que 2005!

* Diálogo real.

domingo, 18 de dezembro de 2005

Maldade inata


O que leva uma pessoa a ser má? Por que, mesmo em condições semelhantes de vida social e educação, dois indivíduos apresentam posturas opostas?

Defendo a tese que o mal existe dentro do homem desde a sua geração. Que existe uma pré-moldura não completamente rígida, mas com indícios específicos da personalidade que podem ser acentuados ou minimizados.

Dessa forma, entendo que mesmo as crianças tem instintos maus e que, apesar de não avaliar as conseqüências completas de seus atos, elas desejam retribuir o que lhe fazem. O discernimento do bem e do mal não lhes é claro, o que não significa que não haja intenção de fazer um ou outro.

Para mim, é como se Deus tivesse distribuído um pacote de personalidades e temperamentos para a humanidade. Cada pessoa recebeu um, resta saber o que ela fará com o que tem.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Rememorando o XI Fenart (Parte II)


"Por 15 dinheiros" e "O fim do mundo"

A mostra competitiva de videos é um espetáculo a parte do Fenart. Começando pela coordenação que nos surpreende todos os anos com exclusão de alguns videos e a seleção de outros que se adequariam mais a um evento universitário do que a um festival nacional.

Esse ano a ficção "O gosto de ferrugem", de J. Audaci Jr, selecionado na mostra paralela de Gramado (RS) e no Dcine (PR), foi barrado em seu próprio estado. Em contrapartida, "Penélope", produção carioca de Célia Freitas que disputava a mesma categoria, entrou. O contraste de qualidade é explícito. Não sei o que eles beberam.

"O meio do mundo", filme de curta-metragem do paraibano Marcus Vilar, exibido na primeira noite da Mostra de Cinema e Video poderia receber outro nome. Sugiro "O fim do mundo". Não pelo lugar afastado onde os personagens habitam, mas porque o menino que vai "conhecer o que é a vida" tem que apelar pra São Jorge, santo experiente com aquele tipo de criatura!

Quanto ao longa-metragem paraibano mais "de rosca"* da história, "Por 30 dinheiros", de Vânia Perazzo, não há muito o que comentar. Dos 30, só vi 15! O filme não era de boxe, mas me nocauteou. A maioria das piadas eu já tinha lido na internet. Eu daria uma enxugada grande em algumas cenas. Fico surpreso com o quanto algumas tomadas foram alongadas. Será que quem editou estava achando a cena engraçada? Cada cabeça uma sentença!

Os heróis que ficaram até o fim da sessão agraciaram a equipe presente com "palmas plastificadas", como definiu meu amigo Jãmarri Nogueira.

*A expressão refere-se a demora em ficar pronto. O que não foi culpa de Vânia.

terça-feira, 29 de novembro de 2005

Entretexto


Ainda não escrevi a parte II do "Rememorando o XI Fenart", mas pra afastar as teias colo aqui uma saudação "pré-boas festas" de um e-migo que conheci na comunidade "Só no Trocadilho".

O Perdido na Metrópole, rei do trocadilho tosco, catedrático em "redundância redundante", doutor em urucubaca, graduado nos terreiros de Oxford, Harvard e São Bernardo do Campo com pós em artes cínicas, defensor das "minorias de maior número", analista de política, entre outros assuntos humorísticos...

Deseja-lhes de coração um Natal repleto de Paz e Alegria e um super mega hiper ultra máster bláster pluss advanced maravilhoso e excelentemente fantástico 2006!

Um forte abraço de Silvio Alvarez
O Perdido na Metrópole
www.perdidonametropole.zip.net

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Rememorando o XI Fenart (Parte I)


O Fenart terminou e o teto não caiu. Depois da pressão do Crea-PB em condenar o local às vésperas da abertura, inclusive recomendando que as pessoas sequer caminhassem pela calçada externa porque o risco de desabar era iminente, o governo bateu o pé, chamou seus engenheiros e aprovou tudo. Até imagino a cena. "Essa viga tá parecendo uma peneira de coco ralado, mas não cai, não. Ok!".

Lembro do dia em que eu estava ensaiando com o Coral Universitário no Cine Bangüê e - literalmente - uma cascata começou a jorrar na lateral direita do palco. Por pouco não pegou o piano. Imagino que um bolsão de água acumulado na cobertura do Espaço Cultural encontrou em fim sua saída.

Mas deixando a forma de lado e discutindo o conteúdo, aproveitei pouco do XI Fenart. O primeiro dia que pude ir foi na segunda-feira (7) e ainda assim cheguei atrasado ao ótimo show "Contrabaixisto". Xisto Medeiros é gênio no contrabaixo acústico e excelente no elétrico. Pena que não o vi tocando o tradicional. Como cantor não achei lá essas coisas. Ficou devendo. Um repertório bom como aquele merecia o convite a um intérprete.

A atração seguinte superou a primeira. Carlos Malta e Quinteto Uirapuru foram impecáveis. Fiquei pensando que instrumento de sopro Malta não saberia tocar. A desenvoltura é plena em todos os que o vi utilizar. Inclusive com um pife ou flauta de madeira transversa que usou durante uma entrevista ao Zuada, da TV UFPB.

O Quinteto Uirapuru, que costumava ter a formação tradicional de cordas (dois violinos, uma viola, um violoncelo e um contrabaixo) substituiu o violoncelo pelo fagote, um instrumento de sopro pouco conhecido, com timbre grave que acho sensacional. Já o conhecia porque o regente do Coral da UFPB, Eduardo Nóbrega, é fagotista e o ouvi em apresentações ao vivo e no CD do Quinteto Itacoatiara. O som do fagote parece um pouco com a voz dos adultos nas dublagens dos desenhos do Snoopy.

Como o dia seguinte era "de branco" só aproveitei isso mesmo. Na próxima parte falo da Mostra Competitiva de Vídeos.

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Insônia. De novo?


Terminei de escutar o CD de Alceu Valença da coleção Obras Primas. Estava tentando adormecer enquanto viajava nos arranjos e melodias. Não deu jeito. Antes disso, fui perturbado pela lembrança do casal que matou uma família inteira no Conde, na semana passada.

Ontem escutei o relato do crime, contado pelos acusados. A cena é dantesca. O horror da menina de 11 anos, que deve ter ouvido o irmão morrer e depois ficou sozinha no quarto com o assassino é algo insondável. A frieza é desumana.

Não consegui pregar os olhos porque lembrava da imagem. Lembro que, durante o expediente de ontem, na redação do Correio, fiquei com o estômago embrulhado visualizando a cena. Fui interrompido pelo e-mail de um colega de trabalho com um trocadilho barato que me fez rir.

Mas na madrugada de hoje, quando não há quase nenhum ruído presente a não ser o roer do ponteiro dos segundos, minha mente traz de volta o filme do dia. Queria poder fechar os olhos agora e abrir somente às 7h40. Umas cinco horas bem dormidas fariam toda a diferença em uma sexta-feira.

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Veja dá tiro pela culatra!

Ridícula a matéria de capa da edição da Veja desta semana (1921), "7 razões para votar NÃO". Os argumentos fajutos responsabilizam a ineficácia da polícia no combate ao crime como fator determinante para a violência - o que é sem dúvida uma verdade -, mas associam isso ao referendo, que definirá se a maioria dos brasileiros querem ou não que o comércio de armas e munição continue.

O texto chega ao absurdo de dizer que se o sim vencer, a criminalidade continuará e o povo se sentirá culpado por ela. Seguinte a essa citação, faz um paralelo com a angústia sentida pelos pacientes com câncer quando se dizia que a doença se desenvolvia em sujeitos amargos?!

Segundo os jornalistas de Veja, o governo tenta desviar o foco transferindo ao povo a responsabilidade pela segurança pública e cita exemplos de outros países para mostrar que a violência não está relacionada à venda de armas.

A pergunta do referendo é digna de ser criticada. Veja vai além: comete o mesmo erro na direção inversa e em proporção exagerada. Propõe que se subtitua "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?" por "O Estado brasileiro pode tirar o direito das pessoas de comprar uma arma de fogo?"?!

As forças policiais do Brasil estão contaminadas por corruptos, mas isso não impede que a população brasileira possa opinar sobre a venda de armas e munição.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Assisti sim, e daí?


Contrariando o conselho de um colega de redação e uma ex-namorada, assisti 2 filhos de Francisco. Filme bom, mas muito aquém do que propagandearam. Se tem um cara que eu respeito dentro da crítica cinematográfica brasileira é o comentarista da CBN Marcos Petrucelli. Pois justamente ele rasgou elogios à cinebiografia de Zezé di Camargo e Luciano, inclusive contando que foi assitir ao filme com uma expectativa ruim, mas se surpreendeu.

"O filme é sensacional"; "Confesso que chorei várias vezes"; "Acho sinceramente que ele deveria ser indicado pelo Brasil para concorrer ao Oscar". Todas essas aspas foram ditas no dia seguinte à exibição em Gramado, festival em que ele não competiu, mas, segundo Petrucelli, comoveu a todos. O crítico frisou que o filme tinha todos os elementos que interessariam aos americanos na avaliação do Oscar, principalmente porque mostrava uma história de "winners". A comissão brasileira de seleção deve ter pensado parecido e ontem, na sede do Ministério da Cultura, anunciou a indicação e o sonho de Marcos se concretizou.

Posso ter pecado em criar uma expectativa grande para um filme que giraria em torno de um estilo musical que eu detesto, mas tentei ver ali os elementos de cinema como fotografia, enredo, atuação dos atores, verossimilhança, montagem, som e tudo mais que achasse ser relevante num bom filme. Tecnicamente, o diretor e meu xará, Breno Silveira, fez um bom trabalho. Só evitaria o clichê do Emival largando a bola quando viu que seu irmão podia tocar accordeon.

Em outros aspectos deixa a desejar. Zilú é uma mulher perfeita; Zezé cantava ruim com força na primeira tentativa pública e - apesar do gap entre uma cena e outra - do nada ele vira um "sabiá do Cerrado"; Luciano também se descobre cantor como em um passe de mágica. Faltou nos atores-mirins o que sobra no paraibano Ravi Ramos: expressividade no olhar. Até que menino que interpreta Emival ainda traz um pouco disso.

O filme é longo, apesar de não ser muito enfadonho, em um momento ou outro cansa. O que cansa mesmo é a insistência do roteiro em repetir que a idéia de Francisco em transformar seus filhos em cantores era coisa de doido.

Entre mortos e feridos paga o ingresso. Mas discordo totalmente da idéia de indicá-lo a competir a uma das cinco vagas de melhor filme estrangeiro. Resta aguardar o próximo dia 31 de janeiro. Acho difícil entrar entre os cinco, mas, quem sabe o Petrucelli não está com a razão?

quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Fora da asa


O simples é o oposto do fácil. Uma coisa simples é muito difícil de ser atingida. Quando perguntaram pra Manoel de Barros o que era poesia ele respondeu que era voar fora da asa. Isso é simples, mas não é fácil, exige um exercício de repetição, um trabalho.

O trecho acima são recortes de uma explicação do diretor do documentário Fábio Fabuloso, Pedro Cezar, sobre o que é ser simples, característica que ele atribui a Jorge Ben Jor, João Gilberto e Manoel de Barros.

A descrição me fez lembrar o conceito de Audaci Jr. sobre ser simples sem ser simplório. Nada óbvio ou fácil.

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Você conhece Frescobaldi?


Quase chorei de rir com um LP que estava da sala do departamento de Educação Musical: Mestres da Música - Frescobaldi.

O nome dele é esse mesmo! Compositor de música barroca. Na Itália, foi o único de sua época a dedicar quase toda sua obra a composições para órgão. Seu trabalho influenciou Bach.

Minha dúvida é saber se ele tinha apelido.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Amo este homem




Dizem que somos parecidos, mas o acho completamente diferente. Ele tem umas afinidades bem distantes das minhas, a começar pelo Linux. O que sei é que desde meus primeiros anos sempre o admirei. Diante dele meu único mérito era ser mais bonito! Ele é mais inteligente, mais perseverante, mais determinado e, sobretudo, mais rápido. Eu andava na sua sombra. Até o nome dele eu achava mais bonito!

Ter irmão mais velho é sempre um privilégio. O desbravador, o primeiro a assumir responsabilidades, a enciclopédia ambulante para o cotidiano dos mais novos.

O caso é que depois da maturidade (somos adultos) cada um escolhe o seu caminho e não há mais diferenças quanto às nossas responsabilidades. Daí vem a petulância, conheço suas falhas e sei como perturbá-lo. Pego no pé mesmo! Mas não é nada sério. No fundo eu só quero ficar menos ofuscado pelo brilho que ele tem. Eu o amo com um amor sem fim.

Desejo que Deus dê a ele as aprovações que deseja antes do próximo 8 de agosto. Parabéns, Túlio!

quarta-feira, 27 de julho de 2005

Luto oficial




Porque não é todo dia que se perde de 7 a 2.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

Matéria do Terra*


Flamengo perde em casa para o Juventude

Após vencer o Vasco no clássico carioca, o Flamengo voltou à realidade e perdeu por 4 a 3 para o Juventude, jogando no Estádio Luso-Brasileiro, nesta quinta-feira, em jogo válido pela 13ª rodada do Brasileiro.

Conclusão: o Flamengo ganhar do Vasco é ficção, irreal.

*Esse é o primeiro parágrafo do texto. Para ler a íntegra clique aqui. Não aplaudo texto tendencioso, mas nesse caso... dá-lhe repórter!

quarta-feira, 20 de julho de 2005

Digue a resposta


Passei mais de uma hora depois que a aula* terminou para resolver a porcaria desse teste de lógica. Vou colocá-lo aqui para compartilhar minha ira e me expor ao ridículo (aposto que vai aparecer alguém nos comentários dizendo que resolveu em bem menos tempo).

Organize cinco casas em uma avenida. Cada casa tem respectivos: proprietário, animal, bebida, carro e cor. A seqüência deve obedecer às seguintes informações:

- As cinco casas estão localizadas na mesma avenida e no mesmo lado.
- O mexicano mora na casa vermelha.
- O peruano tem um carro Mercedes.
- O argentino possui um cachorro.
- O chileno bebe coca-cola.
- Os coelhos estão à mesma distância do Cadilac e da cerveja.
- O gato não bebe café e não mora na casa azul.
- Na casa verde bebe-se uísque.
- A vaca é vizinha da casa onde se bebe coca-cola.
- A casa verde é vizinha da casa da direita, cinza.
- O peruano e o argentino são vizinhos.
- O proprietário do Volkswagen cria coelhos.
- O Chevrolet pertence à casa cor-de-rosa.
- Bebe-se pepsi-cola na terceira casa.
- O brasileiro é vizinho da casa azul.
- O proprietário do carro Ford bebe cerveja.
- O proprietário da vaca é vizinho do dono do Cadilac.
- O proprietário do Chevrolet é vizinho do dono do cavalo.

* O professor de Psicologia da Criatividade deu uma folha com dois exercícios de lógica. O primeiro era simples, esse do post é o segundo.

quarta-feira, 13 de julho de 2005

Nada me basta


Quando tive um carrinho queria um caminhão.
Quando quis uma bibicleta já havia uma melhor.
Quando dormi em beliche fiquei com a pior cama.
Quando conheci um amigo não pude visitá-lo.
Quando saí de minha terra fui discriminado.
Quando retornei não fui reconhecido.
Quando escolhi uma carreira não passei no vestibular.
Quando fui comemorar o fim do meu curso não havia colado grau.
Quando conquistei meu lugar me desprezaram.
Quando achei que tinha o que queria me faltava o mundo inteiro.
Quando só o prazer me satisfez nada me bastou.

terça-feira, 28 de junho de 2005

Receita


Para fazer um bom feriado de São João você precisa de:

- dezesseis amigos
- seis travessias na Lagoa de Jacumã
- três espetos de coração de galinha
- duas espigas de milho assadas
- dois sacos de carvão extra (imprescindível!)
- duas partidas de Imagem & Ação
- um contador de piadas
- uma manhã em Carapibus
- uma vitória do Brasil sobre a Alemanha
- um pacote de Kró Queijo
- um dominó (com duas ou mais duplas)
- uma noitada de Jogo da Verdade
- ir e voltar sabendo que Deus esteve presente em tudo.

sexta-feira, 17 de junho de 2005

Frases inúteis*


"Antes de entrar no elevador verifique se o mesmo se encontra no andar".

Venhamos: se a pessoa é voadora suficiente pra entrar num elevador em que a porta abriu, mas ele não está ali, vocês acham que ela vai notar esse aviso escrito numa plaqueta?

* Mais um post inspirado na comunidade "A minha imaginação é foda!"

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Da série: paródias infames


"Quando a gente pensa que já sabe de todas as respostas, vem a vida e muda as perguntas."

"Quando a gente pensa que sabe todas as perguntas, vem o entrevistado e desliga o celular."

Inspirado no post de Karinna do dia 8 de junho.

domingo, 5 de junho de 2005

Desconstruindo Shakespeare


Ser ou fazer? Eis a questão.

segunda-feira, 30 de maio de 2005

Jana Arruda não veio aqui!


Mas fotografou o meio do nada. Fui ao seu site e de lá entrei no link do flog dela. Já estava impressionado desde o site, mas a surpresa chegou no flog com uma referência homônima.


Veja essa imagem no endereço de origem clicando aqui. Para acessar o site oficial de Jana Arruda clique aqui.

domingo, 29 de maio de 2005

Desenvolvendo palavras*


Dane-se (do verbo danar-se)

Quando a Inquisição foi instituída na Igreja Católica,
em paralelo iniciaram a caça às bruxas, feiticeiros e
afins. O problema estava justamente no "afins", porque
nessa categoria entrava qualquer um: de loucos a
cientistas. Imaginem o que acontecia com os cientstas
loucos!

Todos os que eram surpreendidos pela Igreja e práticas
não usuais eram acusados de bruxaria e quem reclamasse
estaria provando que estava com o "danado" no couro, o
conhecido demônio, coisa ruim, capeta.

Como ninguém ali estava para brincadeira e o destino
comum era a fogueira, a reação normal dos acusados era
cair fora o mais rápido possível. Os que perseguiam
gritavam "pega o danado!". E se ele conseguisse
escapar, diziam aos superiores "danou-se".

E assim danar-se assumiu o sentido de "sair a esmo",
"jogar-se", "ir rapidamente para longe". Daí "dane-se"
hoje ter dois sentidos: "deixa pra lá" e "vá para a...
(para aquele lugar mesmo).

* Mais um post inspirado na comunidade "A minha imaginação é foda!"

terça-feira, 24 de maio de 2005

Repercutindo


Matéria do Universo HQ sobre o lançamento de "O gosto de ferrugem" em Portugal e no Brasil. Clique no aqui.

Estréia no Brasil:
Dia 4 de junho, MAG Shopping, sala 5, às 10 da manhã. Entrada franca.

sexta-feira, 13 de maio de 2005

Brincadeira de roda


O SBT contribuiu com o anedotário nacional quando lançou o Roletrando, que praticamente veio com o infame trocadilho embutido. Agora estão anunciando uma parceria com a Johnson&Johnson para o Roda a Roda. Sem comentários.

terça-feira, 10 de maio de 2005

Só acontece comigo?


É uma grande bobagem (ou não!), mas posts que não inspiram comentários desestimulam qualquer blogueiro.

Por outro lado, como jornalista e comunicador, a verdade é que a única certeza que temos que o texto serviu para comunicar é sua repercussão. No caso dos blogs a mais evidente aparece logo no número dos comentários. Claro que citações na internet, conversas entre amigos também contam, mas o autor sabe disso?

domingo, 1 de maio de 2005

Uso indevido! (enquanto houver ctrl+c, ctrl+v)


Pra tirar as teias uma piadinha da coluna do José Simão. Leia a coluna toda clicando aqui.

Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha ''Morte ao Tucanês''. Acabo de receber mais dois exemplos irados de antitucanês. É que em Nova Friburgo tem uma padaria dentro do hospital psiquiátrico chamada Miolo Mole.

PS: O outro "exemplo irado" achei menos engraçado e ainda por cima faz um trocadilho com.. deixa pra lá!

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Ação, adagas e amor


O Clã das Adagas Voadoras (China, 2004) é muito bonito. O diretor Zhang Yimou (que também é roteirista e produtor do filme) equilibrou perfeitamente as cenas de ação, com as típicas coreografias do cinema chinês, aos momentos de romance.

A história tem supresas no roteiro e quebra os paradigmas de situação dramática - conflito - climax - desfecho das produções ocidentais. As forças polarizantes, o governo chinês e o Clã, apenas ambientam o enredo onde brilham os personagens.

Mesmo que não houvesse um roteiro cativante e boas interpretações, a estética da fotografia mais que pagaria o ingresso. Zhao Xiaoding apreende com maestria o colorido das paisagens e dos personagens. Também explora em profundidade a câmera-lenta.

Não é um filme para quem procura realismo, incomoda-se com pessoas "voando" pelas árvores, nem para os que detestaram O Tigre e o Dragão (Taiwan, 2000). Impossível não associar um ao outro que também traz Zhang Ziyi no elenco. O Clã das Adagas Voadoras é menos profundo, mas igualmente marcante.

sexta-feira, 25 de março de 2005

Perda de tempo?


Esse texto foi postado na comunidade "A minha imaginação é foda", no Orkut. O tópico era "explique o fenômeno", o participante conta uma história que explica um fenômeno e lança uma pergunta. A idéia é viajar mesmo, abusar da imaginação. A pergunta lançada foi "por que os cachorros não falam com a gente?"

Antes eles falavam. Na época em que Roma mandava no mundo, os cachorros tinha muito poder. Você poderia ser preso se não deitasse e rolasse conforme eles ordenavam. A língua oficial era o "latir", que através dos anos foi se transformando em latim, conforme a língua vai evoluindo.

Os cães ficaram putos com as alterações ligüísticas. Para eles era sinal de insubordinação humana. Como naquela época quase todo mundo era bicha, os cães não deixavam por menos: eram bichos bichas. Os mais afetados começaram a ficar intrigados dos homens e eles deixaram de se falar.

E assim as gerações foram passando e os idiomas nunca mais foram comuns. Ainda por cima, a tecnologia evoluiu tanto que hoje os homens mandam e desmandam nos cães.

Por que as mulheres também dizem que estão de saco cheio?

terça-feira, 15 de março de 2005

Portugal descobriu Junior


Reprodução de e-mail escrito por J. Audaci Junior.

Acessem já o site de PORTUGAL sobre Histórias em Quadrinhos, pois eles produziram uma matéria sobre "O gosto de Ferrugem"!: http://www.centralcomics.com/

Com direito a fotos nossas (legendadas no final), do cartaz e tudo sobre a produção do vídeo!!!!! E ainda comentários dos internautas!!!!

O editor do site, via e-mail, convidou:

"Em Maio a Central Comics irá fazer uma cerimônia de entrega de troféus referentes ao melhor da Banda Desenhada (HQs) de 2004 em Portugal. Se já tiver o DVD do filme permita-me que faça a sua projecção durante a cerimônia? Em princípio o José Carlos Fernandes estará presente. Seria optimo e mais um motivo de interesse para as pessoas que forem assistir à cerimônia!"

Claro que disse sim!

E Lúcio! A matéria também cita "O menino e a bagaceira"!!!!!! Beleza!!!!!

Parabéns a todos vocês... e MUITO OBRIGADO por acreditarem que o vídeo poderia ser enferrujado, ou melhor, feito!
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Aparte: Eu que agradeço! Parabéns, amigo!

sábado, 12 de março de 2005

Sério?


Eu linko a coluna do José Simão (Buemba!) porque é muito engraçada. Quase sempre ele tem pelo menos uma piada muito boa permeando o texto. A deste sábado tem uma seqüência de piadas com o Corinthians de fazer rir até torcedor do Timão.

Tenho vontade de desenvolver um estudo mais aprofundado sobre o humor. Fazer as pessoas pensarem através do riso é muito interessante. Quando a piada interage com o conhecimento de mundo do ouvinte (ou leitor) e faz com que ele tenha uma nova versão ou visão daquele fato, o efeito final pode ser melhor do que o de uma aula ou de uma notícia.

"Duas manchetes podiam permanecer nos jornais por anos: 'Fuga na Febem' e 'Carro-bomba explode no Iraque'." (José Simão, coluna de 12 de março de 2005)

sexta-feira, 4 de março de 2005

Biu pinou!


O residente (porque chamá-lo de presidente me incomoda!) da Mesa da Câmara mandou suspender o colhimento das assinaturas para a proposta de aumento de salário dos deputados. O motivo: a péssima repercussão do assunto na sociedade.

Sei que esse aumento foi apenas adiado, mas fica o gostinho de satisfação por ter engrossado o coro dos revoltados no post anterior.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

A televisão me deixou burro demais


Cheguei em casa tarde, como de costume. Minha irmã estava na sala assistindo TV com o namorado. Preciso dizer o programa? Vou pular essa parte. Hoje: prova do líder. Cada um dos participantes tinha que estender o braço e tocar com o indicador a boca de uma versão de si mesmos em caricatura. Ganhava quem agüentasse passar mais tempo assim.

A essa altura eu já tinha trocado de roupa e estava sentado conversando com minha irmã e meu cunhado e zombando da monotonia da prova. Daí tive um estalo: já pensou? Cem milhões de brasileiros parados em frente da TV acompanhando isso! É a redução intelectual de uma nação! A idiotização de um país.

Alguém sabe quem ganhou?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Eu li isso!




Usar essa manchete pra falar da falta de espaço nos cemitérios é pau! Vou fingir que não há nenhum interesse político aí.

Mudando de assunto... você votaria em alguém que iria aumentar seu salário em 69%? Trezentos votaram.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Tsunami em João Pessoa


O nome dela é Gislene, operadora de telemarketing da C&A. Ela se apresentou e disse que queria me presentear com um ibiCard C&A.

- Qual a sua data de nascimento?
- Eu não tenho interesse em cartão de crédito.
- Você não tem interesse porque ainda não conhece. Quando o seu ibiCard for desbloqueado, você vai poder usá-lo e conhecer todas as suas facilidades e aí terá interesse nele. A data de nascimento, por favor.
- Eu não pretendo usar esse cartão. Pago tudo à vista e em dinheiro. Nem de cheque eu gosto.
- Mas você não sabe o que pode acontecer amanhã. Você viu aquelas pessoas na Ásia: veio um tsunami e devastou tudo! Se eles tivessem alguém com quem pudesse contar seria bem melhor para eles.
(Breno pensando e com vontade de rir: Se eles tivessem com um ibiCard na mão teriam sido levados com cartão e tudo!)
- Esse cartão tem anuidade, né?
- São três parcelas de R$ 11. A mais baixa do mercado.
- Então! Eu não quero pagar por algo do tipo.
- Mas você pode precisar de dinheiro e daí vai ter que recorrer a uma financiadora ou a familiares que vão ficar falando para o resto da vida.
- Eu não tenho esse tipo de familiares!
- Qual a sua profissào?
- Jornalista.
- Você como jornalista às vezes sai por aí, sem eira, nem beira e pode precisar de comer. Você vai passar fome?
(Breno com muita vontade de rir)
- Eu já tenho um cartão que foi presente da minha mãe, e que inclusive é debitado na conta dela. Mas parei de usá-lo desde que comecei a trabalhar.
- Então está na hora de você dar um presente à sua mãe que te carregou nove meses na barriga. Dê um ibiCard pra ela!
- Eu estou apenas começando minha carreira profissional e não tenho a menor condição de dar um cartão de crédito para minha mãe gastar o quanto quiser.
- Seria um grande passo na sua carreira!
- Um passo pra trás! Você não acha que eu seria idiota se aceitasse pagar por algo que já tenho e que não pretendo usar?
- Não.
- Você sabe que como jornalista eu escrevo diversos tipos de matéria, inclusive sobre economia e direitos do consumidor. E que durante as entrevistas, nós já recebemos diversas queixas de consumidores que reclamam que os operadores de telemarketing não sabem conviver com um "não".
- E quem é que gosta de receber um "não"? Você gosta?
- Eu posso não gostar, mas tenho que conviver com eles. Muitas vezes quando a gente tenta ouvir os dois lados da notícia, um deles não quer dar declarações e eu sou obrigado a dizer que "a reportagem tentou entrar em contato com fulano de tal, mas até o fechamento da edição não foi possível localizá-lo". Eu já disse que não quero o cartão e nada do que você me disser vai me fazer lhe dar a minha data de nascimento. O que você acha que eu devo fazer: escrever outra matéria sobre isso ou ter que ir atrás de um SAC ou Procon da vida?
- Senhor Breno, o Código de Defesa do Consumidor não proíbe esse tipo de prática, mas como o senhor não está interessado, obrigado e tenha um bom dia.
- Um bom dia para você também.
(Gislene pensando: Ah bicho pão-duro miserável dos infernos!)

terça-feira, 25 de janeiro de 2005

Medo de Arrepiar


Matéria publicada no jornal Correio da Paraíba, no caderno Papo Cabeça, em 16 de janeiro de 2005.

Na fila do cinema já começa aquele friozinho na barriga. Alguns pais nem desconfiam que filme o filho dele foi ver com os amigos, mas isso já ficou para trás e agora é hora de curtir. A galera está lá e vai encarar mais um lançamento de arrepiar os cabelos. Mas o que pode haver de divertido em um filme que só assusta? Será que tudo não passa de um desejo de se auto-afirmar? É isso, sim e muito mais.

Os filmes de terror geram uma interação com a platéia mais intensa do que qualquer outro gênero. Na verdade ela também é parte do espetáculo. O público dá pulos na poltrona, levanta a perna, se encolhe, grita, cobre os olhos. Uns engraçadinhos aproveitam a tensão para soltar umas piadas nas cenas que antecedem os clímax. Para os casais é um prato cheio: tem até uns garotos que fingem ter mais medo para se acolher com a paquera. E também tem as meninas que estão com o coração saindo pela boca, mas fazem tudo para não transparecerem nada.

Existe outra razão que atrai os adolescentes aos filmes de terror: fazer algo proibido. Alguns ignoram a advertência dos pais, outros tentam driblar a censura pré-estabelecida, o que pode ser bem arriscado e também gerar alguns constrangimentos. Ser convidado a sair do cinema, por exemplo.

Não falta criatividade para tentar dar um jeitinho quando a censura não permite. Alguns tentam usar uma carteira de estudante do amigo mais velho, outros compram o ingresso para um filme de censura livre e entram na sala onde está em cartaz um filme restrito. Há ainda os que apostam na desatenção dos funcionários do cinema em dias mais cheios como a quarta-feira, quando a demanda cresce por causa dos preços promocionais e a fiscalização diminui com a pressa.

O medo está entre as emoções mais primitivas do homem e ele se desenvolve em nós como o raciocínio, ou seja, nós aprendemos as coisas que nos dão medo e associamos o que nos assusta a uma reação de defesa e elas passam a fazer parte do nosso dia-a-dia.

Talvez por esse aspecto ancestral do medo que a história do cinema também tenha se desenvolvido entre produções que causam espanto. Desde filmes clássicos como ¿Nosferatu¿, um vampiro da época do cinema mudo, até os mais recentes como ¿O filho de Chuck¿, ¿O Grito¿, ou ¿Exorcista: O início¿ exploram o medo e garantem salas cheias. Segundo o site Filme B, que mede a freqüência nas salas de cinema do Brasil, em sua estréia, o filme ¿O Grito¿ se tornou o mais assistido do último fim de semana. Em João Pessoa, em sua semana de estréia, a produção ocupou as maiores salas da cidade, a MAG 5 e a Cinebox 5. E se depender do público teen, o sucesso vai continuar.

Depoimentos:

Pedro Bravin, 16: Gosto de filmes de terror porque, basicamente, é adrenalina. E tem hora que você vai com um grupo e faz bagunça e você chega até a rir das cenas.

Eduardo Leão, 15: O medo é legal. Os filmes de antes tinham histórias parecidas com os de hoje, mas os efeitos melhoraram e dá bem mais medo.

Guilherme Vilhaça, 15: Acho que todo mundo gosta de sentir medo.

Tiago Lima, 15: Geralmente a gente vem acompanhado com mulher, e elas sentem medo e agarram na gente. E também é bom para nos testar. Teve uma vez que eu estava sentado ao lado de uma menina que não conhecia e ela, com medo, encostou a mão em mim, daí eu conversei e desenrolei.

Edílson Júnior, 25, que levou suas primas de 14 ao cinema: Elas pensam que já são adultas. Liberou pra 14 e elas já pensam ¿eu posso¿. Elas não querem ver Xuxa!

Mariane Cristine, 15: Em Recife nós já furamos a censura, aqui em João Pessoa é mais rigoroso. Minha carteira de estudante estava com a data de nascimento errada e eles me pediram para mostrar a de identidade.

Rafael de Oliveira, 13: Lá em Recife a gente compra um ingresso da sessão anterior, daí espera dar a hora e vai ao banheiro, quando saímos de lá já entramos na sala do filme de terror. Ninguém vai procurar a gente no escuro mesmo!

Isabelle de Oliveira, 14: Eu comprei no dia de quarta-feira que é lotado, aí o homem não olha a data direito, só vê a foto.

Jonathan de Oliveira, 14: Assisti ¿O exorcista¿ em cartaz pra 14 e eu entrei com 13 no esquema. Meus amigos também vão na onda. Tem vez que barram ou pegam. Uma vez só eu tinha idade pra assistir o filme e colocaram meus colegas todos pra fora e eu fiquei sozinho lá assistindo.

sábado, 15 de janeiro de 2005

Marketing? Magina...


Eu sei que o pessoal vem aqui para ler um texto engraçadinho, ou entra por acidente, ou para me "patrulhar", ou mesmo por algum motivo escuso e/ou desconhecido. Mas dessa vez vou pedir licensa para fazer uma propagandinha discreta, sem fins lucrativos: amanhã tem uma matéria minha no Correio da Paraíba no caderno dominical Papo-Cabeça.

O tema é o gosto que os adolescentes têm por filmes de terror e deve sair com o título "Diversão de Arrepiar". Quem quiser pode lê-la pela versão online do jornal clicando aqui. O texto deve ficar disponível durante uma semana.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Eu iria dar nota 2


Avassaladoras (Brasil, 2002), filme de Mara Mourão, é ruim. Breno você é um péssimo crítico, já tá colocando juízo de valor! E eu com isso? Isso é um blog! O filme é fraco porque os diálogos são fracos, forçados, as interpretações caricatas e Reynaldo Gianecchini (Tiago) está indeglutível.

Mas nem tudo está fora do lugar. A edição é boa. Existe uma certa dinâmica que faz com que você não se canse com o filme. Algumas piadas funcionam e até que dá pra rir um pouco - como na sequência em que Giovanna Antonelli (Laura) e Caco Ciocler (Miguel) vão jantar em um restaurante árabe. Aos que detestam clichês, melhor nem assistir - esse só perde pra Dom (Brasil, 2003).

Uma curiosidade é que o diretor de arte acreditou na combinação do azul com o laranja. Não eram as eleições de João Pessoa, mas era só o que se via. Tem hora que todas na empresa estão usando laranja e uma pessoa está de azul depois o contrário. Numa cena Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini estão conversando e no fundo da tela aparecem dois barquinhos amarrados num trapiche, um tem uma faixa azul e a faixa do outro é... acertou.

O final é razoável, pelo menos foge, em parte da previsibilidade. Eu gosto muito de cinema nacional, tendo a olhar as produções brasileiras com bons olhos, mas o começo de Avassaladoras afasta um pouco, depois até que desce, merece um 6. Nota 2 eu vou deixar pra Globo, que mandou às favas o Padrão Globo de Qualidade e fez uns cortes pra dividir o filme em blocos dignos de alunos da 4ª série.