segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Querido diário


Madrugada de segunda, o que pra mim é domingo ainda, chego em casa, vou escovar os dentes e lá está ela, perambulando em minha saboneteira. Baratas! Odeio baratas! Depois de raciocinar como matar a miserável sem fazer uma melequeira em plena pia, consigo executá-la.

Noite tranqüila. Manhã da segunda. Um banho rápido, uso a pia com cautela, afinal, mesmo sem melecar, ficou suja. Saio com uma bermuda que tinha deixado lá no domingo e decido vesti-la. Quando tô colocando as pernas, quem sai de lá? Isso mesmo, mais uma artrópode desprezível. A infeliz era comprida!

Irado, mandei mais uma para fora do mundo dos vivos. Lá vou eu tomar outro banho. Ah, animal imundo!

Dia normal de trabalho, saio de lá pra ver o resto do debate entre os governáveis em casa, quando chego, sem luz. Valeu Saelpa! Ligo o 0800 e eles me dizem que meio-dia a energia volta. Isso eram 11h45. Anoto o protocolo, subo pra ler e adormeço.

13h. Acordo, vou almoçar. A luz voltou? Não. Massa! Ligo de novo perguntando sobre a situação do protocolo número tal. É uma falta de luz? Exato. Tem previsão? 15h. Obrigado!

UFPB. Lá estou eu, cheio de coisa pra ler, resumir, combinar seminário e brincar de massinha, tô pagando uma disciplina que a minha função é ficar fazendo objetos de argila.

Volto pra casa pensando, será que rola um cineminha? Abro a torneira. Pois é. Não tem água. E ainda tem gente que gosta de segunda-feira!

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

E agora, José?


Devo dizer que criar expectativa é uma merda. Com o perdão da palavra. Mas "O maior amor do mundo" (Brasil, 2006) ficou abaixo do que eu esperava. Fiquei com um pé atrás por causa de Cacá Diegues, que já conseguiu estragar uns filmes que dirigiu, mas como tinha José Wilker, que para mim é um dos melhores atores de cinema brasileiro, resolvi apostar. Perdi a aposta, mas não perdi a viagem.

O filme tem seus bons momentos. Mas não salvam o produto final. Tem umas cenas previsíveis, esconde poucas surpresas. Algumas interpretações comprometem o filme, inclusive a do próprio José Wilker, que está abaixo de seu potencial. Na cena em que Antônio persegue Luciana, chega a ser patético.

Outra problema foram os cortes. Alguns são grosseiros mesmo. Não sei quem teve a mão tão pesada para deixar a edição final assim. Acho que o que escapa é a música, a fotografia e o roteiro. Uma curiosidade colhida nos créditos: Dráuzio Varela é consultor de roteiro.

A história em si é boa, mas não acreditem na sinopse que está escrita na propaganda do Cinebox. Para os que gostam de ditos populares, pelo título do filme dá para saber que amor é esse.