domingo, 26 de agosto de 2012

"Candidato inexistente". Confirma!

Respeito as opiniões divergentes, mas não me furto do direito de anular meu voto. Quando voto nulo digo a mim e aos que me perguntam que dentre os candidatos que se dispuseram àquele cargo, nenhum é digno de minha escolha. A urna me diz: "Candidato inexistente". Aperto em "confirma", reconhecendo aquilo como verdade.

- E se todos votasse nulo, como ficaria o Executivo e o Legislativo?

Isso é utopia, nunca aconteceria. Mas vale como exercício filosófico. Se todos votassem nulo, todos empatariam e ninguém poderia assumir o cargo, salvo algum critério de desempate, idade, por exemplo. Esse eleito provocaria uma comoção geral que faria todos questionarem o sistema. Que democracia é essa em que o povo perdeu completamente a esperança? Acredito que seria moralmente devastador e revolucionário. A quantidade de votos nulos para o Senado nas eleições de 2010 foi um recado importante. Espero que mais pessoas saibam lê-lo.

- Vai acabar sendo eleito o pior.

Sobre piores e melhores: sucatearam nossa democracia a ponto de elegermos o menos ruim ou o que tem cacife eleitoral. Os partidos fazem coligações das mais incoerentes, sem ideologia, sem política pública, repetindo apenas uma política de poder. Mesmo as lideranças sérias acabam como fantoches dos interesses desses caciques. Há quem não anule o voto e escolha um "nanico" para votar. Na prática, nas eleições majoritárias, votou no segundo mais votado que sempre é um cacique ou alguém a serviço de um cacique. Acredito que a culpa seja do sistema de eleições e isso passa por todo o processo democrático: desde a formação de partidos, financiamento de campanha, escolha dos candidatos, validade dos votos nulos, possibilidade de reeleição e muito mais.

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