sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Que The Voice que nada! Vamos falar do que interessa.

Que The Voice que nada! Vamos falar do que interessa: chegou o novo tablet da Tekpix! O mais vendido do Brasil! Chegou e já é o mais vendido.. Como assim? rsrs Voltando ao que não interessa: The Voice. Lucy Alves perdeu. Alguma novidade? Talvez.

Não assisti a nenhum dos programas exceto ao de ontem (26). Peguei da metade ao fim. Só vi alguns vídeos da bela paraibana e soube quem eram os finalistas pelo site. Até parei pra dar uns dois votinhos para Lucy.. Sou fã mesmo. Mas ela perdeu. Ooohhh! E agora?

E agora Lucy continua a brilhar com o Clã Brasil, que é uma banda excelente, com uma estrada linda, gravações memoráveis.. Entre elas uma especialíssima ao lado do "fraco"(ironia asian level) Sivuca! Gente, Sivuca! Percebe? O Clã Brasil é uma pérola da Paraíba, uma turmalina! Músicas deliciosas, com nosso sotaque igualmente gostoso.

Eu tenho vontade de dar um beijo no pai de Lucy. Músico de mão cheia que semeou entre as filhas os acordes, o ritmo, deu régua e compasso. Homem valoroso. Os frutos estão aí e permanecerão.

Desejo ao vencedor, Sam Alves, que siga o seu caminho. Um caminho bem diferente do de Lucy, mas que tem o seu valor. Não acredito que fará o que o Clã já faz por nós aqui na Paraíba e em cada coração nordestino que pulsa no batucar de uma zabumba. Mas é um músico! Viva a música! A música de todos os povos, de todos os lugares. A música que faz rir e chorar. Viva Lucy. Estrela maior da noite de ontem.

Não dei muita trela ao The Voice, mas dou toda a trela e mais um pouco a Lucy, ao Clã Brasil, aos sons que o Nordeste faz germinar. É onde me sinto em casa: na alegria dos nordestinos a cantarem a volta ao aconchego. Lucy, SUA LINDA, cantaremos com você e seu acordeon. Nos vemos por aqui.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Para Rachel Sherazade, com amor. (Amor, nada! Com raiva mesmo.)

Jornalistas são como vinhos, o tempo faz bem aos bons. E bom aqui não é valor moral. Bons na técnica jornalística mesmo. Estava procurando uma imagem de Rachel Sherazade pra colocar nesse post e a Wikipedia me disse ela tem 40 anos. Não parece. Continua linda e jovem. Uma menina! Pena que as opiniões dela continuam com igual maturidade. Esta sobre o Uruguai e a maconha entornou o caldeirão de paciência que acumulo.

A palavra mais amena para o comentário dela é desserviço. O jornalismo se pauta pela busca da informação mais rica, contextualizada, plural, ética. O pseudo-jornalismo é o canário do senso comum ou o papagaio dos poderosos. O pseudo-jornalismo é rápido em difundir preconceitos, não medir palavras e gosta de dizer que é polêmico. Não tem tanto assim de polêmico. Tem muito mais de confuseiro, de arengueiro, birrento. Coisa de menino. Ou de menina.

Quando a jornalista coloca que o Uruguai se associou ao tráfico, não investiu em educação e prevenção, agiu com ingenuidade e foi contraditório (porque liberar a maconha para tratar os usuários é um paradoxo, em sua concepção) eu me pergunto: quem é ingênua? Quem é paradoxal?

Que tal copiarmos os melhores exemplos: reprimir com armas e prisão, matar jovens (especialmente os pobres), investir milhões e milhões numa estrutura que não conseguiu sequer diminuir o consumo de entorpecentes. Chamar o usuário de criminoso ainda é a melhor escolha. O traficante, por sua vez, este é o pior dos piores!

Já nos consultórios, os entorpecentes mais pesados continuam sendo prescritos com o aval dos nossos médicos (cubanos? Não, não.) para as belas famílias brasileiras, de homens e mulheres de bem, que não querem nenhum barato. Querem só tratar aquela tristeza teimosa ou uma ansiedade que não lhes deixam em paz.

Rachel, você tem todo o direito de desejar um mundo sem maconha nem maconheiros. Só não pode falar bobagem sem refletir. Sem pensar em todas as consequências das escolhas erradas que nossos governos fizeram para elegerem nossos inimigos públicos.

Menina, pense na população que hoje vê o sol quadrado porque estava fumando unzinho (e é pobre!) ou vendeu uns papelotes achando que conseguiria arranjar um dinheirinho (continuaram pobres!). São jovens, homens e mulheres. Adolescentes também. Não vieram destruir o país. Apenas cometeram os crimes errados. O Uruguai deu um passo importante para evitar a dupla morte - social e física - deste contingente.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Em defesa a Rafael Freire pelos ataques proferidos por Fabiano Gomes

Rafael Freire, estamos juntos contra este apresentador detestável, que a cada dia parece querer escrever mais um capítulo bizarro de sua biografia.

O senhor Fabiano Gomes não tem envergadura moral para falar de ninguém. Seus ataques ao presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba só reforçam a tese de que deveria ser afastado imediatamente de qualquer emissora de rádio ou TV.

Fabiano reproduz o que há de mais baixo no jornalismo de mentira que se pratica aqui em João Pessoa e, infelizmente, em outras tantas redações pelo Brasil. Ele desqualifica a formação de Rafael e se diz melhor jornalista, como se ser conhecido fosse critério de competência. Muitos dos piores seres que já pisaram aqui na Terra foram mundialmente conhecidos. Isso faz deles bons profissionais?

Você, Fabiano, é uma vergonha para o jornalismo, para a Paraíba, para qualquer pessoa que tenha o mínimo de educação em direitos humanos. Não é de hoje que se envolve em brigas com pessoas que ocupam cargos em nosso Estado com as acusações mais levianas.

Desafiou Rafael? Eu o desafio. Desafio a negar ante a Justiça que violou direitos das mulheres ao criminalizar a vítima. Desafio a negar que incitou a violência ao comemorar as palavras do ouvinte que disse que se sua filha postasse fotos nuas era uma "rapariga" que merecia uma surra. Desafio a afirmar a um juiz de direito que seu linguajar é adequado quando em pleno horário de almoço grita "porra", "merda", "pinguelo", "vagabunda", "pretcheca", "xibiu" no microfones de uma concessão pública.

O senhor é um desequilibrado. Não tem sequer o temperamento necessário ao exercício da profissão. O que se dirá da competência? Conhecimento é ouro! Você demonstra não ter o mínimo necessário. Irei em busca de uma punição devida. Tanto a você quanto ao sistema de comunicação que o acolhe, onde trabalhei por mais de cinco anos.

sábado, 30 de novembro de 2013

A descoberta da felicidade basilar

"Parece dezembro de um ano dourado". Novembro indo embora e dezembro voará, as always. Com ele vai também um dos anos mais importantes da minha vida. Mas por quê? Tu não se formou, não arranjou um novo emprego, nova namorada, nada. Por quê? Porque este ano encontrei a felicidade basilar. Basi o quê? Basilar.

Esse ano, mais precisamente em meados de agosto descobri que sou feliz. Não aconteceu nada em especial. Foi tudo uma questão de autoconhecimento. Uma questão mental. Sou feliz. Há em mim uma felicidade que percebe que a vida tem muitas dificuldades, sim, mas também tem muitas alegrias e a gente tem mais é que viver sem se preocupar com o que está fora do nosso alcance. Por exemplo: o dia de amanhã.

Leitores queridos... Não damos conta do instante seguinte, o que dirá o dia de amanhã?! Seu futuro está fora do seu controle. A vida nos reserva muitas surpresas. Muita coisa ruim surge sem aviso. Thank God, muita coisa boa também! Você tem família? Tem amigos que são como família? Você respira, sente, chora, ri? Pois, você também pode sentir a felicidade basilar.

Sua existência tem que ser tranquila, plena, viva. Não que isso faça tanta diferença assim no mundo. O mundo gira sem você? Certamente. Como disse aquele personagem (Dr. Manhatthan) de Watchmen, "Marte funciona bem sem nenhum homem". Mais ou menos isso. A essência da fala está aí.

Se sua vida não é tão relevante assim como prega a autoajuda, pelo menos sua mente deve estar em paz. Feliz. Não significa que a fatura do cartão não virá acima do planejado, ou que aquele Fusca maluco não vá carimbar seu carro, ou aquela gata que você pensou que estava na sua só queria passar uma chuva. Significa que mesmo sem alcançar tudo que quer você pode estar feliz, porque você existe, respira e tem pessoas que gostam de você. Abra a mente e coloque a felicidade na base. Tenha fé! É uma questão de cabeça, não de posses ou de circunstâncias. É um olhar sobre o mundo e sobre o seu ser. Descubra você também.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aloha ke Akua - Deus é Amor

Aloha ke Akua! Outro dia, início deste mês viajava para a Pedra da Boca com um grupo de desconhecidos - ou recém-apresentados.. Whatever. Fato é que estava numa trip sem saber o destino, o caminho, nem conhecer as pessoas. Naturalmente a expectativa era muito boa porque as poucas pessoas que conhecia (dos 14 só dois) eram gente da paz e a vontade de conhecer o Parque Estadual da Pedra da Boca era gigante.

No caminho, ainda na ida, Luanda, uma das minhas novas amigas colocou para tocar a mp3 Aloha ke Akua, de Nahko Bear and Medicine for the People. Que canção arrepiante! Recomendo muito que você pare de ler e busque a letra (traduzida ou não.. o importante é que compreenda o sentido) desta maravilha poética. A letra é linda e se torna ainda mais intensa quando o ouvinte se permite alguma fé.

Ainda arrepiado pensei que teria que obter uma cópia do arquivo tão logo quanto possível. A curta estadia, porém intensa, confirmou as palavras da música.. Each day that I wake I'll praise. (Louvarei a cada dia que acordar).

Chegamos ao dia 21 de novembro. Dias intensos de um mês corrido. O ano já esvazia e logo será 2014. Até lá continuarei cantando Aloha ke Akua. Deus é Amor. A cada dia serei grato e pretendo manter o amor no centro da minha existência. Já não disseram aqueles quatro rapazes que love is all we need?

sábado, 26 de outubro de 2013

Memórias de um moralista senil

Que tempos são estes em que a senilidade se alcança aos 35! O moralista senil do título é o que vos escreve. Alguns amigos gostam de brincar comigo porque sou o mais velho da turma de estudantes de direito do oitavo período (noite) da UFPB. Brincadeiras a parte, retiraram o senil, mas não o moralista. Curioso ser visto como moralista. Por que será?

A brincadeira começou no whatsapp (esse aplicativo é uma ideia genial!), quando disseram que, se uma postagem que vimos no grupo fosse de autoria de um amigo nosso, daria um monte de lição de moral. Nada que ouvimos é gratuito. As palavras guardam mensagens transversais. Se me veem como alguém que gosta de dar lição de moral deve ser porque já falei coisas que pareceram justamente isso. Ou fui exatamente o oposto e estão ironizando. A segunda opção não é o caso.

Fato é que já me posicionei publicamente várias vezes quando vejo uma violação de direitos ou quando o assunto entra em questões como o politicamente correto. Não sou muito de ir com a maioria. Se estivesse satisfeito com o que está posto não faria parte de movimentos que lutam por transformação. Quero me pautar pelo combate às opressões, por menos desigualdade, por educação, saúde e harmonia para todos e entre todos.

Quero também não passar em branco. Não ser mais um que viu e nada fez. Quero ser útil. Não compro o discurso fácil dos pseudo profissionais de televisão que dizem que direitos humanos são para humanos direitos. Não acho que estou imune a cometer qualquer ato que as pessoas apontem como inaceitável. Humano, demasiadamente humano. Eu sou apenas um entre tantos que acredita que a diferença se constrói todo dia. Prefiro aparentar moralismo (sabendo que não traduz minha luta, muito pelo contrário) do que parecer inerte.

Se fosse reconstruir minha jornada certamente tentaria apagar algumas páginas, palavras, gestos. Remodularia principalmente algumas entonações. Já magoei muitas pessoas com o que disse. Quanta violência cabe numa sentença? Mas sei que o caminho que escolhi é o que me parece mais adequado. Não é perfeito, mas está dentro do que posso fazer. E como já vejo os frutos das escolhas que fiz, de uma coisa estou certo: é para frente que vou.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

João Pessoa entre as 25 mais violentas cidades do mundo

João Pessoa sem dúvida é uma cidade é bastante violenta. A taxa de homicídios é gigante quando pensamos no nosso número de habitantes. Também temos inúmeros assaltos, furtos, arrombamentos, estupros e uma das mazelas que provavelmente não foi quantificada nessa avaliação que é a violência doméstica. Um verdadeiro flagelo.

Mas vale dizer que elencar as cidades mais violentas também é uma forma de política. Dizer que ela está entre as 25 mais violentas do mundo (http://likes.com/misc/the-25-most-dangerous-cities-in-the-world) é verdade tanto quanto o é a pesquisa que nos colocou entre as dez mais violentas do mundo. A depender dos critérios sempre estaremos entre as piores.

No entanto, não posso deixar de dizer que me sinto muito mais seguro aqui do que em vários outros lugares onde só estive de passagem. Meu carro não tem alarme, nem seguro, nem fumê. Vivo saindo sozinho à noite, dirijo perto de comunidades carentes, até atravesso algumas vias que as cortam. Não temo morrer ou ser assaltado. Por quê?

Porque todas essas mortes que colocam João Pessoa na zona crítica têm um público definido. São pobres, ligados ao tráfico de drogas, às disputas do crime organizado. É verdade que pode alcançar qualquer um de nós, mas pra cada pessoa morta fora desse contexto, há mais de 100 (bem mais, eu diria) que sabem direitinho que levam a vida por um fio.

sábado, 12 de outubro de 2013

Dos perigos de um sábado na frente da TV

Dia de sábado pra quem assiste TV é assim:

1- Você tem TV por assinatura e escolhe sua programação. (Dos 90 canais uns 5 ou 6 tem alguma coisa boa de verdade).

2- Você tem TV aberta e gosta de futebol a ponto de ver a transmissão de um jogo da série B e se empolga com isso. (Palmeirenses pira!)

3- Você procura um canal de TV pública e encontra alguma coisa razoavelmente assistível.

4- Você mandas às favas seu cérebro e começa a se drogar com a programação aberta.



Agora pense na grandeza de nossa antiga Terra de Vera Cruz e me responda qual destas quatro opções tem mais espectadores. Isso mesmo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Condolências aos que vão dormir de madrugada

Dormir pra quê? Muito melhor ficar aceso. Ler, navegar. Isso é que é vida! Só que não. Nem recordo quando dormi antes da meia-noite. Só se for contar com aqueles cochilos vespertinos. Dormir bem deve ser uma delícia. Um encontro do corpo cansado com a cama. Um renovo transitando do caos dos pensamentos para o cosmos dos sonhos.

Meu preconceito com aqueles que dormem bastante é uma neblina. Não me deixa ver o quanto deve ser bom dormir bem, sem culpa, sem lenço e sem documento, com lençol e travesseiro. Travesseiros! Pernas, braços e cabeça fofamente acompanhados.

Sou mesmo preconceituoso. Defeito grave. Tolamente penso que um dia bem vivido tem que ser social, com risos e encontros. Nada de solidão nos braços de um invisível Morfeu. Você que agora me lê e que sabe dormir deve se perguntar: Será que ele não vê que dormir é um prazer extraordinário? Maldita neblina.

Um dia vou descobrir que, na tentativa de aproveitar mais a vida, perdi uma das melhores coisas que ela vida tinha a me dar: o sono reparador. Troquei um prazer certo pelo duvidoso, que depende das confluências do dia, que se frustra nos desencontros e que pode sorrir amarelo. Deixei de lado as delícias da fluidez dos pensamentos, livres das amarras do consciente, para ser refém da experiência visual. Todo preconceito tem suas consequências. Meu lamento.

PS: São quase duas da madrugada e trabalharei na manhã desta quinta (25).

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Esse paió de alegria aqui, boto aonde?

E agora o que eu faço com toda essa alegria? Todos têm altos e baixos. Ultimamente esta característica praticamente universal virou transtorno bipolar na boca dos leigos. Você não é bipolar porque às vezes está triste e em outras está feliz. Você é um ser humano, oras!

Pois bem, nas últimas semanas, talvez até meses, estou surfando na onda do bom humor. De quebra ganho uma insoniazinha delícia, fruto de quem está com sede viver. O bom é que sobra tempo pra umas atividades individuais como ler e navegar na internet. E escrever!

Melhor que a pura e simples alegria é perceber que ela está acompanhada de coisas realmente boas como os bons resultados nos estudos ou a satisfação com o trabalho. Afora o amor sempre acalentador da família, dos amigos e da namorada. Aí o coração fica cheio de gratidão e só resta a pergunta que usei pra abrir esse texto. O que eu faço?

Em quatro letras: vivo. Nada mais a fazer a não ser aproveitar esse momento e coletar o máximo de memórias destes dias. Certamente os níveis de serotonina não estarão para sempre neste patamar. As nuvens cinzas virão (e espero que elas sejam super passageiras!) e tenho que guardar em mim a energia pra ver através delas o sol brilhar como hoje o faz.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Espirais e círculos: diferentes e iguais

Estou prestes a completar quatro anos morando aqui em Intermares, Cabedelo. Lembro que quando cheguei passei dez dias à luz de velas (rendeu uma briga com a Energisa e um post no blog) e dormia em um saco de dormir. O tempo voou, fiquei igual e diferente. Explico abaixo.

Há em mim um desejo de fazer de minha vida algo relevante, tanto para mim quanto para a sociedade. Cobro de mim uma contrapartida diante de tudo que já recebi de minha família e deste país. No fundo me vejo patriota, mas não acredito que consiga retribuir aos cofres públicos o que investiram em minha formação.

Meu ensino médio, duas graduações e a terceira que hoje curso foram custeadas pela União, leia-se o curso técnico em Mecânica pela Escola Técnica Federal da Paraíba (hoje IFPB), o bacharel em Comunicação Social (Jornalismo), a licenciatura em Educação Artística (Música) e o curso de Direito, esses três na UFPB.

Em mecânica mal trabalhei, exceto por um estágio na Braz Motors durante cinco meses. No jornalismo, cinco anos como repórter em um sistema de comunicação privado, o Correio da Paraíba. E agora estou no meu segundo ano como professor de artes da rede municipal de João Pessoa. Ensinar crianças pobres talvez esteja sendo o mais relevante do que já fiz para retribuir o que o Estado apostou em mim.

Dos sonhos que tive, realizei alguns poucos como trabalhar como jornalista de cultura (ou do caderno de variedades, como meu editor gostava de frisar), entrevistar alguns homens e mulheres admiráveis. Quase não viajei. Preciso retomar este desejo. Mas vejo que de 2009 pra cá - o ano que resolvi cair fora da redação e fazer Direito - tanta coisa aconteceu que quatro anos voaram.

Vou piscar os olhos e ao abrir terei mais um diploma na mão. E mais vontade ainda de fazer algo relevante. Será tudo igual? Muito mais vontade que ação? Espero que não. Será que voltarei ao jornalismo depois de tudo? Vai ser diferente, mas igual. Só sei dirigir com uns bons retrovisores.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Telejornais: o que ninguém tem certeza nem nunca terá

Telejornais. O que seria de nós sem eles? Embora a internet tenha acrescentado uma dinâmica às informações que nem os maiores fãs do rádio se atrevem a negar, é o telejornal ainda o grande meio de convencimento da maioria da população. E a população precisa ser convencida de quê? Pausa dramática.

A população precisa ser convencida de que está vendo alguma coisa interessante na TV. Precisa ser convencida que aquelas informações vão repercutir na vida delas de alguma maneira. Precisa acreditar no que está vendo. Isso já foi missão mais fácil. É claro que ainda não está tão difícil porque a leitura crítica da mídia mal saiu do berço, engatinha com dificuldades.

Já foi mais fácil também porque não havia a concorrência com a internet e o fenômeno das redes sociais. Embora o noticiário do rádio gozasse de uma enorme audiência quando Chatô trouxe a TV pra cá, o telejornal criou uma expectativa diferenciada da informação no imaginário brasileiro facilitando bastante a conquista da audiência.

A dificuldade agora é gerenciar a informação. Produzir conteúdo é moleza. Uma câmera na mão e nenhuma ideia na cabeça basta. Tornar o telejornal um programa interessante, com leitura crítica dos fatos e amplitude de cobertura naqueles minutinhos diários que ele dispõe é que são elas!

Se bem que minutinhos não seria o termo certo. De certa forma, há bastante tempo na grade para telejornais. Fico atônito com a extensão das matérias sobre a visita do Papa Francisco ao Brasil. Não tenho intenção de criticar o Papa, a religião católica, ou qualquer coisa do tipo. Só cito um exemplo de como se gasta o tempo do jornal pra dizer que ele andou de carro aberto ou de carro fechado, que acenou e sorriu.

Há mil outros exemplos de pautas repetidas, cansativas, fórmulas que os produtores de TV acreditam dogmaticamente que dão certo e jogam para o consumidor toda semana. Espero firmemente que um dia a TV perceba que ao romper com alguns clichês - como a matéria bonitinha pra fechar a edição - abrirá espaço para outros olhares e modos de compor sua programação. Acreditem em mim: sucesso de audiência é como o troco do poeta, pouco ou quase nada.

domingo, 21 de abril de 2013

Euforia pra escrever

Os dedos coçam pra escrever. Na verdade quem coça é a cabeça que fica maluca pra deixar alguma coisa registrada. Registrada pra quem? Pra quê? Pra quem quer que leia! Não dá pra prever, mas dá pra imaginar que alguém vai ler e se identificar.

Esse blog definitivamente não é periódico. A não ser que alguém quisesse folhear o arquivo desses anos todos, entrar aqui diariamente seria um exercício bastante inútil. Mas o fato é que não esqueço nunca que sou jornalista e que tenho um blog. Lido ou não toco essa bagaça como quero.

Como quero não é exatamente o mesmo que dizer tudo o que quero. Penso nos leitores, penso na minha reputação. Dizer tudo o que quer pode ser uma grande besteira ou mesmo uma ofensa. A internet, a despeito do que muita gente pensa, não é uma Terra de Ninguém onde vale tudo.

Escrevo. Às vezes apago. Escolho melhor as palavras. Reviso, vejo se passou algum errinho na digitação. Releio. Melhor que posar de sabichão e derrapar feio. Se derrapar, me avise por favor!

Juro que pensei em mil outras coisas pra escrever aqui. Não ia falar nada sobre o ato de escrever. Mas pensei nos meses de silêncio e nessa pulsação de estar aqui sem dormir, eufórico, com um compromisso daqui a poucas horas (é madrugada agora!). Tinha que falar sobre isso. Fica pra outro dia comentar qualquer outra coisa como o terrorismo, os atentados, o julgamento dos policiais do Massacre do Carandiru, o tomate, a Copa, Feliciano ou sei lá o quê.