Há tempos que eu me questiono qual o sentido da pena privativa de liberdade. Aquela velha história de "escola de bandidagem" é tão falada, mas parece não interferir na vontade coletiva de se vingar do "cabra safado".
Pensar em um mundo com menos prisão e mais reintegração social é imprescindível. De que adianta cultivar uma massa de revoltados nos presídios e nos lares que eles deixaram para trás?
Se você acha que esse papo de preso não é com você, pense nisso quando olhar mil vezes para todos os lados ao sair de casa, ou quando entrar no carro ou pegar um ônibus, ou ao investir mundos e fundos em seguro, cercas elétricas, alarmes, travas. Como diz O Rappa: "As grades (...) também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão".
Eu e o professor Nelson Gomes Junior escrevemos o texto abaixo. A causa é nobilíssima: divulgar um evento voltado para pessoas cotidianamente marginalizadas. Quem são elas? Familiares de presos. A programação começa no dia 1º de outubro. Serão quatro sábados.
Universitários e familiares de presos discutem direitos humanos e a questão carcerária na Paraíba
Em outubro, durante quatro sábados e por meio de oficinas sobre Subjetividade e Direitos Humanos, serão desenvolvidos grupos de apoio psicossocial com familiares de pessoas presas. O primeiro encontro acontece no próximo sábado (1º), às 9h, na Antiga Faculdade de Direito da UFPB, localizada na Praça João Pessoa, Centro da Capital.
A ação, vinculada ao Centro de Referência em Direitos Humanos, é parte do Projeto de Extensão da UFPB intitulado "Subjetividade e Direitos Humanos: Apoio Psicossocial e Monitoramento das Condições do Cárcere na Paraíba", coordenado pelo professor Nelson Gomes Junior, do Departamento de Ciências Jurídicas.
Serão realizados encontros com o objetivo de contribuir para melhoria da qualidade de vida dos familiares de pessoas presas por meio do diálogo e troca de experiências. Também é objetivo do projeto prestar esclarecimentos e orientações sobre os direitos que possuem os presos e seus familiares, além de ajudar as pessoas a reagir às violações cotidianas desses direitos.
O projeto, que conta com as parcerias da Pastoral Carcerária e da DIGNITATIS - Assessoria Técnica Popular, oferecerá gratuitamente almoço a todos os participantes.
As incrições são gratuitas e podem ser feitas no Centro de Referência em Direitos Humanos da UFPB através do telefone 3241-5900.
PS: O professor Nelson Gomes (83) 8111 1344 está disponível para esclarecimentos e entrevistas.
domingo, 25 de setembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário