O Grupo de Pesquisa sobre o Cotidiano e o Jornalismo (Grupecj) da UFPB, coordenado pelo professor Wellington Pereira, está lançando o "Dicionário de investigação do cotidano: elogio da palavra no jornalismo impresso", organizado pelo próprio W. Pereira. O lançamento será na sexta-feira (14), no Casarão 34, Centro de João Pessoa, às 19h. Não vejo a hora de acrescentar ao meu repertório a leitura deste "Dicionário"!
Há alguns anos (desde que eu ainda era estudante de jornalismo) Wellington Pereira e seus alunos nos brindam com uma investigação científica e deliciosa sobre a prática cotidiana do jornalismo paraibano e seus atores. Não tenho tudo que já produziram, mas do que tenho e li recomendo!
Acredito que é o tipo de leitura que não se restringe aos que se interessam por jornalismo, estudantes ou profissionais. É um recorte da contemporaneidade, com um viés sempre pertinente e instigador. Talvez terei prova de Direito Penal II no dia do lançamento, mas, aos que puderem ir, compareçam. Os que estiverem encrencados como eu, comprem o livro. Duvido que se arrependam!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Danças circulares? Eu?!
- Breno, tem oficina sem facilitador. Fica na de Danças Circulares?
- Danças circulares? Logo eu?!
Essa conversa aconteceu ontem (28), pouco antes do início das oficinas do I Fiascu (Festival Interdisciplinar de Arte, Sociedade e Cultura da UFPB). O leque de oficinas era ótimo! Caricatura, Hip Hop, Teatro do Oprimido, Fotografia e... Danças Circulares.
Falando sério: se fosse para optar entre uma delas, Danças Circulares seria a minha última ou penúltima opção. Também não me motivei muito com Hip Hop... Não me julgo ágil o bastante para a coisa!
Mas qual foi minha surpresa! Que tarde marcante! A oficina de Danças Circulares foi muito além de uma pura e simples ciranda. Nos dedicamos ao apredizado de danças étnicas com o professor Guga Limeira. Professor desde os 11 anos! Hoje, aos 17, esbanja conhecimento, fluidez, domínio do corpo e didática.
Guga nos trouxe um repertório colhido ao longo destes anos em que viajou Brasil afora em workshops, encontros e festivais. Música de primeira! Fica o conselho: não peça uma cópia dos arquivos. Como ele mesmo explica: Eu tive que viajar bastante para conseguir esse material. Não posso cedê-lo assim. #achojusto
Entre o que aprendemos, danças judaicas, ciganas, celtas, hindus... nem lembro a origem das outras. O que lembro é que havia um sentimento de integração, alegria e paz. É verdade que algumas das músicas têm nelas aspectos religiosos. Céticos e militantes de algum credo específico podem torcer o nariz. Desnecessário. A música e a dança têm mais a oferecer do que porfias filosóficas ou de crenças.
A oficina continua hoje e sexta-feira (30), sempre a partir das 14h, no CCJ da UFPB. Quem quiser se surpreender, participe!
- Danças circulares? Logo eu?!
Essa conversa aconteceu ontem (28), pouco antes do início das oficinas do I Fiascu (Festival Interdisciplinar de Arte, Sociedade e Cultura da UFPB). O leque de oficinas era ótimo! Caricatura, Hip Hop, Teatro do Oprimido, Fotografia e... Danças Circulares.
Falando sério: se fosse para optar entre uma delas, Danças Circulares seria a minha última ou penúltima opção. Também não me motivei muito com Hip Hop... Não me julgo ágil o bastante para a coisa!
Mas qual foi minha surpresa! Que tarde marcante! A oficina de Danças Circulares foi muito além de uma pura e simples ciranda. Nos dedicamos ao apredizado de danças étnicas com o professor Guga Limeira. Professor desde os 11 anos! Hoje, aos 17, esbanja conhecimento, fluidez, domínio do corpo e didática.
Guga nos trouxe um repertório colhido ao longo destes anos em que viajou Brasil afora em workshops, encontros e festivais. Música de primeira! Fica o conselho: não peça uma cópia dos arquivos. Como ele mesmo explica: Eu tive que viajar bastante para conseguir esse material. Não posso cedê-lo assim. #achojusto
Entre o que aprendemos, danças judaicas, ciganas, celtas, hindus... nem lembro a origem das outras. O que lembro é que havia um sentimento de integração, alegria e paz. É verdade que algumas das músicas têm nelas aspectos religiosos. Céticos e militantes de algum credo específico podem torcer o nariz. Desnecessário. A música e a dança têm mais a oferecer do que porfias filosóficas ou de crenças.
A oficina continua hoje e sexta-feira (30), sempre a partir das 14h, no CCJ da UFPB. Quem quiser se surpreender, participe!
domingo, 25 de setembro de 2011
O preso e (é?) você
Há tempos que eu me questiono qual o sentido da pena privativa de liberdade. Aquela velha história de "escola de bandidagem" é tão falada, mas parece não interferir na vontade coletiva de se vingar do "cabra safado".
Pensar em um mundo com menos prisão e mais reintegração social é imprescindível. De que adianta cultivar uma massa de revoltados nos presídios e nos lares que eles deixaram para trás?
Se você acha que esse papo de preso não é com você, pense nisso quando olhar mil vezes para todos os lados ao sair de casa, ou quando entrar no carro ou pegar um ônibus, ou ao investir mundos e fundos em seguro, cercas elétricas, alarmes, travas. Como diz O Rappa: "As grades (...) também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão".
Eu e o professor Nelson Gomes Junior escrevemos o texto abaixo. A causa é nobilíssima: divulgar um evento voltado para pessoas cotidianamente marginalizadas. Quem são elas? Familiares de presos. A programação começa no dia 1º de outubro. Serão quatro sábados.
Universitários e familiares de presos discutem direitos humanos e a questão carcerária na Paraíba
Em outubro, durante quatro sábados e por meio de oficinas sobre Subjetividade e Direitos Humanos, serão desenvolvidos grupos de apoio psicossocial com familiares de pessoas presas. O primeiro encontro acontece no próximo sábado (1º), às 9h, na Antiga Faculdade de Direito da UFPB, localizada na Praça João Pessoa, Centro da Capital.
A ação, vinculada ao Centro de Referência em Direitos Humanos, é parte do Projeto de Extensão da UFPB intitulado "Subjetividade e Direitos Humanos: Apoio Psicossocial e Monitoramento das Condições do Cárcere na Paraíba", coordenado pelo professor Nelson Gomes Junior, do Departamento de Ciências Jurídicas.
Serão realizados encontros com o objetivo de contribuir para melhoria da qualidade de vida dos familiares de pessoas presas por meio do diálogo e troca de experiências. Também é objetivo do projeto prestar esclarecimentos e orientações sobre os direitos que possuem os presos e seus familiares, além de ajudar as pessoas a reagir às violações cotidianas desses direitos.
O projeto, que conta com as parcerias da Pastoral Carcerária e da DIGNITATIS - Assessoria Técnica Popular, oferecerá gratuitamente almoço a todos os participantes.
As incrições são gratuitas e podem ser feitas no Centro de Referência em Direitos Humanos da UFPB através do telefone 3241-5900.
PS: O professor Nelson Gomes (83) 8111 1344 está disponível para esclarecimentos e entrevistas.
Pensar em um mundo com menos prisão e mais reintegração social é imprescindível. De que adianta cultivar uma massa de revoltados nos presídios e nos lares que eles deixaram para trás?
Se você acha que esse papo de preso não é com você, pense nisso quando olhar mil vezes para todos os lados ao sair de casa, ou quando entrar no carro ou pegar um ônibus, ou ao investir mundos e fundos em seguro, cercas elétricas, alarmes, travas. Como diz O Rappa: "As grades (...) também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão".
Eu e o professor Nelson Gomes Junior escrevemos o texto abaixo. A causa é nobilíssima: divulgar um evento voltado para pessoas cotidianamente marginalizadas. Quem são elas? Familiares de presos. A programação começa no dia 1º de outubro. Serão quatro sábados.
Universitários e familiares de presos discutem direitos humanos e a questão carcerária na Paraíba
Em outubro, durante quatro sábados e por meio de oficinas sobre Subjetividade e Direitos Humanos, serão desenvolvidos grupos de apoio psicossocial com familiares de pessoas presas. O primeiro encontro acontece no próximo sábado (1º), às 9h, na Antiga Faculdade de Direito da UFPB, localizada na Praça João Pessoa, Centro da Capital.
A ação, vinculada ao Centro de Referência em Direitos Humanos, é parte do Projeto de Extensão da UFPB intitulado "Subjetividade e Direitos Humanos: Apoio Psicossocial e Monitoramento das Condições do Cárcere na Paraíba", coordenado pelo professor Nelson Gomes Junior, do Departamento de Ciências Jurídicas.
Serão realizados encontros com o objetivo de contribuir para melhoria da qualidade de vida dos familiares de pessoas presas por meio do diálogo e troca de experiências. Também é objetivo do projeto prestar esclarecimentos e orientações sobre os direitos que possuem os presos e seus familiares, além de ajudar as pessoas a reagir às violações cotidianas desses direitos.
O projeto, que conta com as parcerias da Pastoral Carcerária e da DIGNITATIS - Assessoria Técnica Popular, oferecerá gratuitamente almoço a todos os participantes.
As incrições são gratuitas e podem ser feitas no Centro de Referência em Direitos Humanos da UFPB através do telefone 3241-5900.
PS: O professor Nelson Gomes (83) 8111 1344 está disponível para esclarecimentos e entrevistas.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Prometo que vou dormir
Acho que já se vão uns 50 dias sem dormir como os seres humanos normais e outros mamíferos que habitam esta terra. Ansiedade? Nem sei. O que importa é que foram 50 dias excelentes. As fases boas da vida devem ser vividas com o máximo de intensidade. Sei que outro vale virá e quando ele chegar, quero trazer à memória cenas dos momentos que tenho experimentado agora.
Não dormir na hora certa tem os seus deleites. Também tem muita cobrança. "Você precisa dormir!" "Por que você não toma um remedinho natural?" "Já foi ao médico?" "Não está dormindo por quê?" Respectivamente, respondo (ou responderia) assim: É; Tenho trauma com remédios; Já. Para dois, um em Recife, outro aqui em João Pessoa e descobriram que sou normal; Não sei. Acho que ansiedade. Tô com sede de viver.
O lado bom é que tenho mais horas em cada dia. Uso mais a internet no melhor horário: de madrugada, com pouca conversa, muita leitura e aquele lindo do Youtube! Pena que durmo durante as aulas quase sempre. Trabalhar depois do almoço também não tem sido mil maravilhas.
Mas viver é bom, já disse Belchior. E com tudo o que está acontecendo, apaixonado, adorando quase tudo que faço, só posso dizer que estou feliz. O sono pode esperar.
Não dormir na hora certa tem os seus deleites. Também tem muita cobrança. "Você precisa dormir!" "Por que você não toma um remedinho natural?" "Já foi ao médico?" "Não está dormindo por quê?" Respectivamente, respondo (ou responderia) assim: É; Tenho trauma com remédios; Já. Para dois, um em Recife, outro aqui em João Pessoa e descobriram que sou normal; Não sei. Acho que ansiedade. Tô com sede de viver.
O lado bom é que tenho mais horas em cada dia. Uso mais a internet no melhor horário: de madrugada, com pouca conversa, muita leitura e aquele lindo do Youtube! Pena que durmo durante as aulas quase sempre. Trabalhar depois do almoço também não tem sido mil maravilhas.
Mas viver é bom, já disse Belchior. E com tudo o que está acontecendo, apaixonado, adorando quase tudo que faço, só posso dizer que estou feliz. O sono pode esperar.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Nem sempre é fácil, nem tudo são flores
É lenha! Quantos Brenos somos eu? Trabalhar é bom. E é o fim da picada. Ter amigos é bom. E também são eles que lhe magoam mais profundamente (familiares também são amigos). Detesto que comparem um Breno com outro. Me recuso a acreditar que sou mais de um. Eu sou eu e minhas circuntâncias. Como posso aguentar calado a cantilena do "com os outros você não é assim"?
Eu tenho que pensar sempre na resposta mais sábia, na entonação correta, nas palavras adequadas. Tenho que aguentar os tiros e pipocos. Eu sozinho. Porque eu sou eu sozinho. Não há eus.
E nessa rotina de sismógrafo, com a agulha riscando pra cima e pra baixo, ou as palavras saem ou castigam. Ninguém resiste às palavras. Têm vida própria. Corroem estômagos, esquentam a testa, apertam os dentes. As palavras mordem, rasgam, ferem. Também afagam, beijam e colocam pra dormir. Como é difícil escolhê-las!
Estou respirando pensamentos e transpirando palavras. Palavras e suor. E suor. Isso ó!
Eu tenho que pensar sempre na resposta mais sábia, na entonação correta, nas palavras adequadas. Tenho que aguentar os tiros e pipocos. Eu sozinho. Porque eu sou eu sozinho. Não há eus.
E nessa rotina de sismógrafo, com a agulha riscando pra cima e pra baixo, ou as palavras saem ou castigam. Ninguém resiste às palavras. Têm vida própria. Corroem estômagos, esquentam a testa, apertam os dentes. As palavras mordem, rasgam, ferem. Também afagam, beijam e colocam pra dormir. Como é difícil escolhê-las!
Estou respirando pensamentos e transpirando palavras. Palavras e suor. E suor. Isso ó!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O mandamento é o amor
O texto a seguir foi publicado nos comentários do Facebook de Emmanuel Ulysses, um amigo e irmão indignado. Como dizia Che Guevara, "se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
Colei abaixo do jeito que escrevi por lá.
Oi Mano! Li os dois textos, curti ambos e agora vou comentar em poucas palavras: O que é a Igreja? Quem é a Igreja? Quem é o povo de Deus? Quem é Deus?
A Igreja é o corpo de Cristo, ou seja, o prolongamento dos atos do Cabeça, que é Jesus. Igreja são pessoas. Deus não habita templos feitos por homens, mas faz morada nos corações. O povo de Deus é um povo comprado pelo sangue de Jesus, embaixador do Senhor neste mundo apático, individualista e tenebroso. Deus é Pai. Deus é amor. (Tá na Bíblia!)
Deus é o criador amoroso, que fez o mundo para ser um lugar perfeito, mas permitiu que a humanidade escolhesse entre um e outro caminho. O Pai nunca desistiu de sua criação, mas homens e mulheres desistem de Deus e de Sua Palavra todos os dias. Esnobam o Pai de Amor.
Uma vez na condição de pecadores perdidos e agora localizados pela graça do Pai temos um único mandamento dado pelo Filho, nosso Redentor: AMAI. Jesus ordenou que amássemos ao Senhor Deus com TUDO o que temos, sentimos, pensamos, fazemos, sonhamos. Não para por aí. Como posso amar o Deus invisível se não amo meu irmão de carne e osso? (Também tá na Bíblia!). Pois: o mandamento único é o AMOR. O amor cumpre a Lei e os profetas.
O amor a Deus só é verdadeiro se é também amor ao próximo. Em que medida? Como a si mesmo. O que significa que Deus também quer que você se ame. Rasguem milhares de livros de doutrinas, quebrem mil templos e suas briguinhas ridículas. Mas amem.
Amem a prostituta. o mendigo, o faminto. Amem o pobre que tem nada além de dinheiro. Amem o nu, que apenas se veste com o que há de mais nobre. O que há no seu coração é o seu verdadeiro tesouro. Deus quer corações ricos.
Colei abaixo do jeito que escrevi por lá.
Oi Mano! Li os dois textos, curti ambos e agora vou comentar em poucas palavras: O que é a Igreja? Quem é a Igreja? Quem é o povo de Deus? Quem é Deus?
A Igreja é o corpo de Cristo, ou seja, o prolongamento dos atos do Cabeça, que é Jesus. Igreja são pessoas. Deus não habita templos feitos por homens, mas faz morada nos corações. O povo de Deus é um povo comprado pelo sangue de Jesus, embaixador do Senhor neste mundo apático, individualista e tenebroso. Deus é Pai. Deus é amor. (Tá na Bíblia!)
Deus é o criador amoroso, que fez o mundo para ser um lugar perfeito, mas permitiu que a humanidade escolhesse entre um e outro caminho. O Pai nunca desistiu de sua criação, mas homens e mulheres desistem de Deus e de Sua Palavra todos os dias. Esnobam o Pai de Amor.
Uma vez na condição de pecadores perdidos e agora localizados pela graça do Pai temos um único mandamento dado pelo Filho, nosso Redentor: AMAI. Jesus ordenou que amássemos ao Senhor Deus com TUDO o que temos, sentimos, pensamos, fazemos, sonhamos. Não para por aí. Como posso amar o Deus invisível se não amo meu irmão de carne e osso? (Também tá na Bíblia!). Pois: o mandamento único é o AMOR. O amor cumpre a Lei e os profetas.
O amor a Deus só é verdadeiro se é também amor ao próximo. Em que medida? Como a si mesmo. O que significa que Deus também quer que você se ame. Rasguem milhares de livros de doutrinas, quebrem mil templos e suas briguinhas ridículas. Mas amem.
Amem a prostituta. o mendigo, o faminto. Amem o pobre que tem nada além de dinheiro. Amem o nu, que apenas se veste com o que há de mais nobre. O que há no seu coração é o seu verdadeiro tesouro. Deus quer corações ricos.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Há gosto
Há gosto no mês de julho! No fim do ano passado as férias vieram cedo e terminaram tarde. Muito tarde! Três meses de ócio e tensão. Tensão de a cada dia saber que tinha um dia a menos de férias. E olhe que as férias eram gigantescas! Dias subaproveitados. Nenhuma viagem relevante.
Eis que chega julho de 2011. Três semanas de férias! Três semanas intensas. Passadas as provas de fim de período, enfrentei uma banca avaliadora para ocupar a monitoria de Psicologia Jurídica. Graças ao Bom Deus, passei! =)
Depois tentei ir aos corais da Barra de Mamanguape, mas não deu certo por causa da chuva. Resultado: mudei a rota e fomos eu, minha prima e o namorado dela para Pirpirituba (pertíssimo de Guarabira), conhecer a Cachoeira do Roncador. Como estava em época de chuva, ela estava espetacularmente caudalosa! Vou colocar umas fotos aqui: http://www.flickr.com/photos/parabreno
Nos últimos dias de julho, a melhor éxperiência: uma viagem missionária para Alagoa Nova. Poderia escrever no Coisas de Crente, mas aquele blog já está bem abandonado. Vou resumir por aqui: dias de evangelismo, muitos corações receptivos e várias pessoas decidindo se voltar para Deus e colocar Jesus como Senhor de suas vidas. Lágrimas e libertação. Foi um pedaço de julho que valeu mais que três meses de férias de fim de ano. Feliz demais!
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Na Terra
Esta semana caiu um avião da Noar em Boa Viagem, bairro da orla de Recife-PE. Em 2009 participei de uma seleção que o Sine fez aqui em João Pessoa para contratar agentes e supervisores para essa recém-criada empresa regional de aviação. A aviação regional se mostrava um filão excelente para a crescente economia brasileira.
Lembro que a pessoa que estava encarregada da seleção - e que nos deu um chá de cadeira tremendo! - se surpreendeu com o baixo número de interessados ou com currículo que cumprisse as expectativas da seleção. Uma das principais exigências era o domínio de uma língua estrangeira. No processo seletivo em Mossoró-RN havia muito mais gente do que na capital paraibana.
Eu e um amigo francês, que conheci naquele dia, nos saímos bem na primeira etapa e fizemos a segunda em seguida. A funcionária do Sine nos disse que a empresa entraria logo em contato conosco para a etapa seguinte, que deveria ser um treinamento em Recife. Ela inclusive nos pediu para que não viajássemos para não correr o risco de não estarmos disponíveis no momento do contato.
Passaram-se semanas, meses e nada. Acho que mais de um ano depois finalmente os voos começaram a partir do aeroporto Castro Pinto. Uma amiga que trabalha para a Infraero lá me disse que a Noar preferiu contratar algumas pessoas que já trabalhavam para a Gol. Meses depois a Noar suspendeu a rota João Pessoa-Natal-João Pessoa-Recife por questões operacionais.
O fato é que depois do trágico acidente que matou 16 pessoas na manhã do dia 14, não estar trabalhando para a empresa é um alívio. Acho importantíssimo que existam empresas regionais como a Noar, mas este acidente em tão pouco tempo de existência da companhia é um desafio enorme para os mantenedores da marca. Como contornar essa crise e resgatar a credibilidade?
Lembro que a pessoa que estava encarregada da seleção - e que nos deu um chá de cadeira tremendo! - se surpreendeu com o baixo número de interessados ou com currículo que cumprisse as expectativas da seleção. Uma das principais exigências era o domínio de uma língua estrangeira. No processo seletivo em Mossoró-RN havia muito mais gente do que na capital paraibana.
Eu e um amigo francês, que conheci naquele dia, nos saímos bem na primeira etapa e fizemos a segunda em seguida. A funcionária do Sine nos disse que a empresa entraria logo em contato conosco para a etapa seguinte, que deveria ser um treinamento em Recife. Ela inclusive nos pediu para que não viajássemos para não correr o risco de não estarmos disponíveis no momento do contato.
Passaram-se semanas, meses e nada. Acho que mais de um ano depois finalmente os voos começaram a partir do aeroporto Castro Pinto. Uma amiga que trabalha para a Infraero lá me disse que a Noar preferiu contratar algumas pessoas que já trabalhavam para a Gol. Meses depois a Noar suspendeu a rota João Pessoa-Natal-João Pessoa-Recife por questões operacionais.
O fato é que depois do trágico acidente que matou 16 pessoas na manhã do dia 14, não estar trabalhando para a empresa é um alívio. Acho importantíssimo que existam empresas regionais como a Noar, mas este acidente em tão pouco tempo de existência da companhia é um desafio enorme para os mantenedores da marca. Como contornar essa crise e resgatar a credibilidade?
sábado, 2 de julho de 2011
O maniqueísmo, esse lindo!
Ah, o maniqueísmo! Esse lindo! É tão bom pensar que uma coisa é isso ou o seu contrário - sem meios termos! É confortável não problematizar e deixar tudo em conceitos fechadinhos que dão uma resposta rápida para nossas perguntas imediatas. Nossa vida é pra já! Ou, como diria o cartão de crédito, "a vida é agora".
O problema é que essa velocidade alucinada tira a oportunidade de refletir. Refletir é cansativo, moroso, um exercício incomum diria Rui Barbosa.
Nessa ausência de reflexão, o discurso midiático é recebido como verdade. As relações humanas vão à ruína por uma palavra. A vontade de ajudar o próximo esbarra na descrença de que isso mude alguma coisa.
É também a falta de reflexão que gera distinções inexistentes do tipo: "Aquele grupo não tem nada a ver comigo" ou "Nunca pensaria assim".
Há uma frase no Forte Santa Catarina, em Cabedelo, que diz em outras palavras que as épocas passam mas as razões permanecem. Amadurecer a mente é um desafio. Não podemos mudar o mundo sem mudar a cultura, o comportamento, os valores primitivos que têm movido a mola desta roda viva.
O problema é que essa velocidade alucinada tira a oportunidade de refletir. Refletir é cansativo, moroso, um exercício incomum diria Rui Barbosa.
Nessa ausência de reflexão, o discurso midiático é recebido como verdade. As relações humanas vão à ruína por uma palavra. A vontade de ajudar o próximo esbarra na descrença de que isso mude alguma coisa.
É também a falta de reflexão que gera distinções inexistentes do tipo: "Aquele grupo não tem nada a ver comigo" ou "Nunca pensaria assim".
Há uma frase no Forte Santa Catarina, em Cabedelo, que diz em outras palavras que as épocas passam mas as razões permanecem. Amadurecer a mente é um desafio. Não podemos mudar o mundo sem mudar a cultura, o comportamento, os valores primitivos que têm movido a mola desta roda viva.
domingo, 22 de maio de 2011
Oração
Vez por outra uma música vira webhit, por um motivo ou por outro. Há alguns anos aconteceu com a pérola "Vá tomar no..." (vocês lembram!), que até hoje, vira e mexe, reaparece num tweet. Desta vez, para minha alegria, o estouro de acessos (mais de um milhão até agora!) se deu numa música que é uma delícia: Oração, de um grupo de Curitiba chamado A banda mais bonita da cidade.
A letra se repete várias vezes ao longo da melodia e a mensagem é de uma delicadeza particular. Basta ouvir uma vez que gruda. A música só é superada pelo clipe, um arrebatador plano-sequência de pouco mais de seis minutos. A câmera inicia o plano com um jovem (Leo Fressato) cantando junto à janela de um quarto no primeiro andar até a apoteose com todos seus amigos músicos na sala da casa. A influência de Beirut é evidente, tem um quê de Elephant Gun e seus confetes.
A explosão na rede, em tempos de Twitter, deve ter acontecido porque o clipe e a canção são "pra cima". Conduzem os internautas da melancolia ao amor e à alegria efusiva. Vale a pena conferir!
Oração - A banda mais bonita da cidade
A letra se repete várias vezes ao longo da melodia e a mensagem é de uma delicadeza particular. Basta ouvir uma vez que gruda. A música só é superada pelo clipe, um arrebatador plano-sequência de pouco mais de seis minutos. A câmera inicia o plano com um jovem (Leo Fressato) cantando junto à janela de um quarto no primeiro andar até a apoteose com todos seus amigos músicos na sala da casa. A influência de Beirut é evidente, tem um quê de Elephant Gun e seus confetes.
A explosão na rede, em tempos de Twitter, deve ter acontecido porque o clipe e a canção são "pra cima". Conduzem os internautas da melancolia ao amor e à alegria efusiva. Vale a pena conferir!
Oração - A banda mais bonita da cidade
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Hereafter
Sessão de cinema ontem (segunda-feira, dia dos lisos) para assistir o novo de Clint Eastwood, "Além da vida", com Matt Damon, Cécile de France e os gêmeos George e Franckie McLaren. Uma abordagem interessante sobre vida após a morte costurada em três histórias que, como esperado, se cruzam ao longo do filme.
Esse texto poderia entrar no Coisas de Crente, mas vou colocar aqui só umas pequenas considerações. Primeiro que acredito em vida após a morte. Segundo, que o melhor argumento que vi para justificar o ceticismo está em "Mar Adentro", quando o personagem de Javier Bardem (Ramón Sampedro) diz que depois da morte será como antes de nascermos, simplesmente deixaremos de existir.
"Além da vida" mostra a experiência de uma jornalista francesa que quase morre afogada vítima do tsunami de dezemro de 2004. Enquanto estava "morta" tem visões de pessoas em meio a sombras e luz, semelhantes às que George Lonegan, interpretado por Matt Damon, costuma ter ao tocar as pessoas.
Eastwood aborda o charlatanismo dos falsos videntes, o ceticismo, o preconceito acadêmico em torno do tema. Faz o espectador acreditar que existe mesmo uma continuidade após a vida que levamos e a torcer para que um dos gêmeos encontre conforto do além. Interessante que Lonegan considera sua clarividência uma maldição e diz que uma vida que é centrada na morte não pode ser uma boa vida.
Quanto a mim prefiro acreditar numa separação completa entre vivos e mortos, sem possibilidade de comunicação. Mas o espiritismo leva uma grande vantagem em convencimento ao oferecer mensagens de quem já morreu aos parentes. Quem não gostaria de ouvir alguma recomendação ou notícia de quem não está mais por aqui?
Esse texto poderia entrar no Coisas de Crente, mas vou colocar aqui só umas pequenas considerações. Primeiro que acredito em vida após a morte. Segundo, que o melhor argumento que vi para justificar o ceticismo está em "Mar Adentro", quando o personagem de Javier Bardem (Ramón Sampedro) diz que depois da morte será como antes de nascermos, simplesmente deixaremos de existir.
"Além da vida" mostra a experiência de uma jornalista francesa que quase morre afogada vítima do tsunami de dezemro de 2004. Enquanto estava "morta" tem visões de pessoas em meio a sombras e luz, semelhantes às que George Lonegan, interpretado por Matt Damon, costuma ter ao tocar as pessoas.
Eastwood aborda o charlatanismo dos falsos videntes, o ceticismo, o preconceito acadêmico em torno do tema. Faz o espectador acreditar que existe mesmo uma continuidade após a vida que levamos e a torcer para que um dos gêmeos encontre conforto do além. Interessante que Lonegan considera sua clarividência uma maldição e diz que uma vida que é centrada na morte não pode ser uma boa vida.
Quanto a mim prefiro acreditar numa separação completa entre vivos e mortos, sem possibilidade de comunicação. Mas o espiritismo leva uma grande vantagem em convencimento ao oferecer mensagens de quem já morreu aos parentes. Quem não gostaria de ouvir alguma recomendação ou notícia de quem não está mais por aqui?
Assinar:
Postagens (Atom)