Sessão de cinema ontem (segunda-feira, dia dos lisos) para assistir o novo de Clint Eastwood, "Além da vida", com Matt Damon, Cécile de France e os gêmeos George e Franckie McLaren. Uma abordagem interessante sobre vida após a morte costurada em três histórias que, como esperado, se cruzam ao longo do filme.
Esse texto poderia entrar no Coisas de Crente, mas vou colocar aqui só umas pequenas considerações. Primeiro que acredito em vida após a morte. Segundo, que o melhor argumento que vi para justificar o ceticismo está em "Mar Adentro", quando o personagem de Javier Bardem (Ramón Sampedro) diz que depois da morte será como antes de nascermos, simplesmente deixaremos de existir.
"Além da vida" mostra a experiência de uma jornalista francesa que quase morre afogada vítima do tsunami de dezemro de 2004. Enquanto estava "morta" tem visões de pessoas em meio a sombras e luz, semelhantes às que George Lonegan, interpretado por Matt Damon, costuma ter ao tocar as pessoas.
Eastwood aborda o charlatanismo dos falsos videntes, o ceticismo, o preconceito acadêmico em torno do tema. Faz o espectador acreditar que existe mesmo uma continuidade após a vida que levamos e a torcer para que um dos gêmeos encontre conforto do além. Interessante que Lonegan considera sua clarividência uma maldição e diz que uma vida que é centrada na morte não pode ser uma boa vida.
Quanto a mim prefiro acreditar numa separação completa entre vivos e mortos, sem possibilidade de comunicação. Mas o espiritismo leva uma grande vantagem em convencimento ao oferecer mensagens de quem já morreu aos parentes. Quem não gostaria de ouvir alguma recomendação ou notícia de quem não está mais por aqui?
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
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