Que ano surpreendente! Jamais imaginei que poderia ter um ano como este. Se eu tivesse feito umas resoluções de fim de ano em 2008 e alcançado todas elas, ainda assim não teria conquistado coisas que conquistei nestes últimos meses.
Não planejei ir para a Argentina e Uruguai. Não planejei fazer vestibular para Direito e não esperava nunca ficar em 41º no resultado parcial, com as provas do PSS 1 e 2.
Não planejei ter um programa ao vivo em uma web rádio. Não planejei trabalhar com televisão. Também não planejei pedir demissão de um dos trabalhos que mais gostei de executar na fase que considerava a melhor.
Não imaginei que poderia ser nomeado para trabalhar no Estado. Muito menos que, uma vez no Estado, voltasse a dividir o ambiente de trabalho com uma das jornalistas mais queridas de João Pessoa.
É verdade que 2009 também trouxe frustrações, algumas bastante dolorosas. É verdade que alguns amigos me deixaram triste. Só que quando fiquei triste, não foi por um dia, nem pelo ano inteiro (Salve Frejat/Victor Hugo!). Mas uns dias de reflexão não fizeram mal. Pra fazer um bom samba - com certeza! - é preciso um bocado de tristeza (Saravá, Vinicius!).
Ainda não acabou, mas 2009 já me deixa com saudade. Não tenho receio de 2010. Não acredito que minha fonte de bênçãos para o próximo ano esgotou. Afinal creio em um Deus inesgotável! Tenho expectativas, mas assim como este ano, o que está por vir pode surpreender positivamente trazendo o inesperado, o improvável, o aparentemente impossível.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
A Cantilena de Copenhague
Passei um tempo sem ouvir a CBN. Ligava logo um CD do Chico, de forró, MPB, até mesmo de música de crente. Tudo pra não ter que escutar a "Cantilena de Copenhague", aquele lenga lenga sobre aquecimento global. Mas Breno?! O aquecimento global é um tema importantíssimo. É sim. Concordo. Mas quem não já viu esse filme antes?
A história é sempre a mesma. Aquilo de que temos a oportunidade de dar aos nossos filhos a chance de sobreviver em um mundo normal ou lamentar por decretar a eles o fim do mundo como o conhecemos. Fato é que este "temos" é de um grupo de poderosos que se dividem entre os grupos dos "pouco preocupados" e dos "nem aí".
Que direito os Estados Unidos e a China têm de poluir como poluem e ficar por isso mesmo? Como se a atmosfera tivesse paredes... O mundo é um só. As mudanças climáticas não passam pela alfândega para perguntar se podem agir aqui ou ali. Lembra daquela frase da teoria do caos sobre o bater de asa de uma borboleta no Japão provocar um furacão no ocidente? É mais ou menos por aí.
Nós, que não somos os donos do mundo, assistiremos a derrocada de tudo que está posto, veremos as mortes saltarem dos milhares para os milhões e aí, "quando mais tarde me procure, quem sabe a morte, angústia de quem vive, ou a solidão, fim de quem ama", eu possa citar a frase do velho chefe Duwamish:
"Só depois que a última árvore for derrubada, o último peixe for morto, o último rio envenenado, vocês irão perceber que dinheiro não se come".
A história é sempre a mesma. Aquilo de que temos a oportunidade de dar aos nossos filhos a chance de sobreviver em um mundo normal ou lamentar por decretar a eles o fim do mundo como o conhecemos. Fato é que este "temos" é de um grupo de poderosos que se dividem entre os grupos dos "pouco preocupados" e dos "nem aí".
Que direito os Estados Unidos e a China têm de poluir como poluem e ficar por isso mesmo? Como se a atmosfera tivesse paredes... O mundo é um só. As mudanças climáticas não passam pela alfândega para perguntar se podem agir aqui ou ali. Lembra daquela frase da teoria do caos sobre o bater de asa de uma borboleta no Japão provocar um furacão no ocidente? É mais ou menos por aí.
Nós, que não somos os donos do mundo, assistiremos a derrocada de tudo que está posto, veremos as mortes saltarem dos milhares para os milhões e aí, "quando mais tarde me procure, quem sabe a morte, angústia de quem vive, ou a solidão, fim de quem ama", eu possa citar a frase do velho chefe Duwamish:
"Só depois que a última árvore for derrubada, o último peixe for morto, o último rio envenenado, vocês irão perceber que dinheiro não se come".
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Breviário de um aprendiz
Eu cansaria o leitor se fosse esmiuçar tudo que aprendi. Aprendi que não se deve cansar o leitor. Aliás, ficaria cansado se falasse o que aprendi nos últimos 30 dias. Pra ser breve vou pontuar algumas coisas básicas de alguém que ainda tem muito a aprender.
Aprendi que tão importante quanto "conhece-te a ti mesmo" é "conhece os que te cercam". Aprendi que tempo é investimento e que quando você coloca a esperança em alguém, pode haver surpresa e frustração não importa quem seja esta pessoa. Seu melhor amigo pode falhar e um grande desconhecido ou até quem você não simpatiza pode lhe estender a mão.
Aprendi também que os humanos são demasiadamente humanos em qualquer parte do mundo. Aprendi que o silêncio é útil, mas também pode ser fraqueza. Aprendi que não se resolve nada no grito, mas que gritar é preciso, viver idem.
Aprendi que "o mundo é uma ilusão e a vida não vale nada" (verso de Mané de Bia), mas mesmo assim é o que temos nas mãos. O que faço com o mundo, com meus passos e meus cabelos é de responsabilidade minha. Não há ciência, credo ou filosofia imexível. Vou tragar o horizonte com cinema, aspirinas e livros. Apesar dos urubus.
Aprendi que tão importante quanto "conhece-te a ti mesmo" é "conhece os que te cercam". Aprendi que tempo é investimento e que quando você coloca a esperança em alguém, pode haver surpresa e frustração não importa quem seja esta pessoa. Seu melhor amigo pode falhar e um grande desconhecido ou até quem você não simpatiza pode lhe estender a mão.
Aprendi também que os humanos são demasiadamente humanos em qualquer parte do mundo. Aprendi que o silêncio é útil, mas também pode ser fraqueza. Aprendi que não se resolve nada no grito, mas que gritar é preciso, viver idem.
Aprendi que "o mundo é uma ilusão e a vida não vale nada" (verso de Mané de Bia), mas mesmo assim é o que temos nas mãos. O que faço com o mundo, com meus passos e meus cabelos é de responsabilidade minha. Não há ciência, credo ou filosofia imexível. Vou tragar o horizonte com cinema, aspirinas e livros. Apesar dos urubus.
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