terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Apagar das luzes
Depois de perder as contas, passei uns dias sem o link de comentários. Não bastasse esse inconveniente, tentei me logar para postar e nem isso consegui. Vai entender... Parece que a pressão para que eu abandone de vez o Blogger Brasil deixou de ser só por parte de meus amigos - os donos do domínio resolveram dar uma forcinha!
Se algum dia eu desaparecer de vez daqui, visitem http:// brenobarros.blogspot.com porque se eu não estiver por lá, deixo pelo menos um recado para dizer para onde fui. Nem que seja um igual ao de Andrei, "fui comprar cigarros".
sábado, 2 de dezembro de 2006
Perdi as contas
Sem tracker mais uma vez! Uma vez tive meu contador de visitas confiscado porque fiz o macete que Túlio tinha me ensinado: colocar o botão bem pequenininho, escondido no fim da página.
Passei um tempão tentando lembrar a senha - testei um monte delas, até das mais antigas. Atualmente usou poucas senhas e a maioria são variações de uma mesma idéia. Claro que não vou contar aqui que idéia é essa!
Quando finalmente lembrei a senha e já tinha adequado o botão do Extreme Tracker achei que estava tudo resolvido. E agora essa: conta suspensa! Eles dizem que não copiei o código como deveria. Parece que agora é definitivo! Vou perder todas as informações? Logo eu, que fazia propaganda gratuita, indicava para amigos, citava em posts...
Diga-se de passagem: eu descobri isso porque iria usar as informações do Tracker nesse post, estava pensando em escrever sobre algo totalmente diferente. Provavelmente esse seria mais um texto que o citaria e meus seis leitores ficariam encorajados a usar o serviço (ou continuar usando!). Pois bem, "a mão que afaga é a mesma que apedreja".
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
A volta do Tsunami da ibiCard
Quem vem aqui há muito tempo deve se lembrar de um post que batizei de "Tsunami em João Pessoa" com a caprichosa história da funcionária de telemarketing da ibiCard. Aquela que disse que eu devia fazer um cartão ibiCard porque nunca se sabe o amanhã. "Você viu aquelas pessoas na Ásia: veio um tsunami e devastou tudo".
Pois bem, fui ver através do Extreme Tracking as palavras chaves que tinham trazido visitantes ao meu blog (e diga-se: até hoje "ibicard" é a palavra que mais me rendeu acessos) e dei de cara com alguém que colocou no Google "breno barros", jornalista. Daí tive a idéia de fazer o mesmo para ver o que aparecia. E o que eu encontro? Um post do blog Opinião Geral que conta a minha experiência com a ibiCard.
Tirando a parte que ele me chama de mentiroso (não inventa, mas aumenta uma ova!), a história foi bem recontada, dessa vez com o título "Mais uma da ibiCard". E o blogueiro, que presumo se chamar Gino Netto, teve a gentileza de colocar o link do meu blog no post.
Para conferir o post do Opinião Geral clique aqui.
Ou leia aqui o texto que deu origem a isso tudo.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Querido diário
Madrugada de segunda, o que pra mim é domingo ainda, chego em casa, vou escovar os dentes e lá está ela, perambulando em minha saboneteira. Baratas! Odeio baratas! Depois de raciocinar como matar a miserável sem fazer uma melequeira em plena pia, consigo executá-la.
Noite tranqüila. Manhã da segunda. Um banho rápido, uso a pia com cautela, afinal, mesmo sem melecar, ficou suja. Saio com uma bermuda que tinha deixado lá no domingo e decido vesti-la. Quando tô colocando as pernas, quem sai de lá? Isso mesmo, mais uma artrópode desprezível. A infeliz era comprida!
Irado, mandei mais uma para fora do mundo dos vivos. Lá vou eu tomar outro banho. Ah, animal imundo!
Dia normal de trabalho, saio de lá pra ver o resto do debate entre os governáveis em casa, quando chego, sem luz. Valeu Saelpa! Ligo o 0800 e eles me dizem que meio-dia a energia volta. Isso eram 11h45. Anoto o protocolo, subo pra ler e adormeço.
13h. Acordo, vou almoçar. A luz voltou? Não. Massa! Ligo de novo perguntando sobre a situação do protocolo número tal. É uma falta de luz? Exato. Tem previsão? 15h. Obrigado!
UFPB. Lá estou eu, cheio de coisa pra ler, resumir, combinar seminário e brincar de massinha, tô pagando uma disciplina que a minha função é ficar fazendo objetos de argila.
Volto pra casa pensando, será que rola um cineminha? Abro a torneira. Pois é. Não tem água. E ainda tem gente que gosta de segunda-feira!
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
E agora, José?
Devo dizer que criar expectativa é uma merda. Com o perdão da palavra. Mas "O maior amor do mundo" (Brasil, 2006) ficou abaixo do que eu esperava. Fiquei com um pé atrás por causa de Cacá Diegues, que já conseguiu estragar uns filmes que dirigiu, mas como tinha José Wilker, que para mim é um dos melhores atores de cinema brasileiro, resolvi apostar. Perdi a aposta, mas não perdi a viagem.
O filme tem seus bons momentos. Mas não salvam o produto final. Tem umas cenas previsíveis, esconde poucas surpresas. Algumas interpretações comprometem o filme, inclusive a do próprio José Wilker, que está abaixo de seu potencial. Na cena em que Antônio persegue Luciana, chega a ser patético.
Outra problema foram os cortes. Alguns são grosseiros mesmo. Não sei quem teve a mão tão pesada para deixar a edição final assim. Acho que o que escapa é a música, a fotografia e o roteiro. Uma curiosidade colhida nos créditos: Dráuzio Varela é consultor de roteiro.
A história em si é boa, mas não acreditem na sinopse que está escrita na propaganda do Cinebox. Para os que gostam de ditos populares, pelo título do filme dá para saber que amor é esse.
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
Diversão e arte
Uma das melhores coisas de ser jornalista é não ter rotina definida. Toda jornada é particular. O dia pode guardar uma surpresa que a gente só vai saber quando estiver trabalhando. E se a surpresa expõe alguma autoridade?
Hoje foi um dia desses. Um fax oriundo do Gabinete Militar chegou às mãos do jornalista Marcelo José com críticas em cordel a José Maranhão, candidato de oposição ao Governo da Paraíba. Telefonei para o número contido no fax e confirmei a informação através de um cabo PM que havia recebido a ordem de envio dada por um coronel. Os destinatários seriam comandantes de cinco Batalhões da Polícia Militar.
A história completa está AQUI para quem quiser ler.
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
Altos e baixos
Transtorno bipolar. Mais uma doença moderna que já deve existir há séculos, mas enfim colocaram um nome. Eu não sei muita coisa sobre isso, só sei que leva o indivíduo a ter constantes mudanças de estado de humor de acentuado contraste. Com a mesma facilidade que ele sente plena satisfação é atingido por uma súbita depressão.
Aí é que está o problema. O mundo que a gente vive é agitado demais. Tudo é muito rápido e constantemente somos pressionados a tomarmos decisões ágeis que podem ser traduzidas em sucesso ou fracasso - alegria ou tristeza. Também são efêmeros os momentos de satisfação. Quem nunca passou um final de semana super agradável e de repente despertou em plena segunda-feira com sabor de segunda-feira?
Acredito que todos temos uma certa bipolaridade e que talvez a modernidade seja responsável por transformar este traço natural do ser humano em um transtorno psicológico. Uma pena. O que se pode esperar para os nossos filhos?
terça-feira, 5 de setembro de 2006
Milloriana*
Colocaram no computador alemão a frase: "O Brasil é um país muito grande". Fizeram o computador traduzir pro alemão, ele traduziu: "Brazil ist ein gross Vaterland". Depois fizeram o computador traduzir de novo pro português. Ele traduziu: "O Brasil é meu pai grosso". É por isso que eu digo: dentro em breve os computadores vão substituir completamento o homem.
* Extraído do verbete "Tradução" em Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos.
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Sombrio
Trecho bíblico disponibilizado pelo site www.bibliaonline.com.br
I Corínthios 7:7-9
7 Contudo queria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele.
8 Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.
9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.
Durante o almoço conversávamos eu, minha mãe e meu irmão. Dizemos a ela que o apóstolo Paulo recomenda que o homem se mantenha solteiro, mas, os que não agüentarem, que casem! "É melhor casar do que viver pegando fogo".
Mamãe tergiversou: "isso seria a destruição do humanidade". Respondi singelamente: "a humanidade está merecendo". Eu acho que mamãe quer um netinho.
domingo, 13 de agosto de 2006
A morte do Orkut!
Se você achava ruim os ursinhos, balõezinhos, barquinhos e outras porcalhadas que a galera mandava para o seu carderno de recados do Orkut, prepare-se: agora dá pra postar foto!
Acredito que o recurso seja desativado se realmente causar o caos que estou prevendo. Se já havia os flooders estragando as comunidades, imagine esses mesmo flooders colocando fotos! Vai ser difícil pra caramba a navegação.
Eu aprendi a usar o recurso na comunidade No Escuro. Já tinha visto sua eficácia no ambiente da comunidade e resolvi testar agora à noite nos scraps de uma amiga minha, afinal, imaginei, o princípio de postagem é o mesmo. Funcionou perfeitamente!
Em um país como o nosso, em que somos os campeões mundiais de fotologs, o que esperar de um recurso como este no Orkut?
Como eu sei que esse blog não é nenhum destino certo para a massa de navegantes, vou explicar o passo a passo para postagem de fotos.
Primeiro você põe:
http://www.orkut.com/%22%3e%3c/a%3e%3Cimg%20src%3D%22http%3A//
Depois o endereço de URL da foto sem o http://www. (é só clicar com o botão direito na foto e selecionar o que vem depois)
Ex: fueradelresto.com/pixelpost/images/20060226144553_sol.jpg
E por último isso:
%22%3E%3Ca%20style%3D%22display%3Anone%22%20href%3D%22)
O produto final vai ficar assim:
http://www.orkut.com/%22%3e%3c/a%3e%3Cimg%20src%3D%22http%3A//fueradelresto.com/pixelpost/images/20060226144553_sol.jpg%22%3E%3Ca%20style%3D%22display%3Anone%22%20href%3D%22)
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Balanço
Paguei uma grana razoável para visitar a maior cidade do Brasil. Razoável é eufemismo. Minhas impressões sobre a cidade... Eu diria desencorajadoras. São Paulo é uma cidade inchada, poluída demais. Parece Nova York: o clima sempre quer lhe pregar uma pegadinha.
Na terça-feira a temperatura girava em torno de 20ºC. Na sexta, entre 10 e 12ºC. Por ter passado uns dez dias sem chover, uma massa negra de poluição cobria o céu. Está na Veja dessa semana!
Achei tudo muito longe e muito caro. Um fato curioso. Na Rua 25 de Março, uma área destinada ao comércio dos mais variados produtos, os lojistas colocam uns recados para evitar maus clientes. Antes de entrar você lê "Compra mínima R$ 100. No cartão R$ 150".
Para completar fiquei doente, com febre e gripe, cheguei na madrugada desta quarta-feira (2) e quatro horas depois lá estava eu de volta à redação-doce-redação.
Foi tudo muito corrido. Mas teve seu lado bom. Aprendi a usar o trem e o metrô da cidade, troquei meu mp3 player que estava quebrado, fui muito bem recebido e assistido por meus tios que moram lá, conheci a Pinacoteca do Estado, o Masp, fui a um dia do Festival Anima Mundi e o melhor de tudo: curti meus primos Henrique e Luísa, ele de 5 anos e ela com 1 ano e 10 meses.
Não posso esquecer as duas noites bastante divertidas com minha prima Cecília e o marido dela, Carlos e com o casal Adiel e Tathyana, amigos daqui de João Pessoa que moram por lá.
Fiquei devendo encontrar minha família em Caxias, Keila e Flávia em Curitiba e Stephs e Lala em São Paulo. Precisaria de uma outra semana para tudo isso, mas está anotado. Fica para a próxima!
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Trauma estudantil
Tenho um medo que me pelo que trabalhos monográficos. Basta falar em monografia, ensaio ou relatório que começo a ter uma série de reações psicossomáticas adversas e às vezes até infantis.
Bate uma angústia, um desespero, um desejo de não ter que cumprir responsabilidades e uma carência absurda por entretenimento. Só eu sei.
Mas dessa vez tudo vai ser diferente! As esperanças são muitas e parece que vai dar tudo certo! Tive lá meus contratempos. Uma série de compromissos, como descrevi no post passado, mas pelo que conversei com meu orientador estou no caminho certo.
Resta colocar um ponto, encaminhar para o professor, fazer os últimos ajustes (espero que sejam poucos!) e imprimir nas malditas normas da ABNT. Pronto. Será o fim de uma jornada e quem sabe a superação deste trauma que se arrasta desde minha fatídica reprovação em "Projetos experimentais" na graduação de Jornalismo.
quarta-feira, 5 de julho de 2006
Maratona 2 - Second Mission!
Estou de férias. Férias?! Do Correio. E só! Em pleno mês de férias do trabalho tenho que dar conta da direção da cena 3 do projeto "Casa do Julgamento", uma peça de teatro evangelística que será apresentada nas duas primeiras semanas de julho, de quinta a sábado, a partir das 19h, no colégio IRB, na Torre, em João Pessoa.
Em paralelo, estou coordenando uma das equipes do Encontro de Jovens da Primeira Igreja Batista. Trabalharei nos dias 15 e 16 deste mês.
E, para completar, tenho que concluir o quanto antes a entrega do relatório de estágio de Educação Artística - habilitação em Música. Esse relatório é o equivalente ao projeto experimental de Jornalismo, que demorei 1 ano e meio fazendo, quando o normal é de quatro a seis meses.
O prazo final para implantação de notas desse período é o próximo dia 25. É bom que tudo esteja certo antes ou vou amargar uma reprovação. Se não der certo, adeus viagem de 10 dias para São Paulo!
E eu que achei difícil primeira maratona, dez trabalhos em dez dias. It's getting harder!
Chamem o SAC, todas as previsões furaram!
A Copa não acabou! E como diz Ailton: durante a Copa, só a Copa interessa. Ontem acompanhei pelo rádio a surpreedente vitória da Itália. O locutor já anunciava a preparação das manchetes "Maledettos penales" faltando menos de três minutos para o fim do segundo tempo da prorrogação. Em seguida ele interrompe para narrar o ataque italiano e grita euforicamente. Era o fim do sonho alemão de ganhar a Copa em casa.
Um minuto depois, em meio às frases que descreviam o choro alemão e a aproximaçào da Itália em disputar a final da Copa, nova interrupção. "Lá vem o segundo.... gooooooool". Escutar o jogo pelo rádio, em plena Pedro II na hora do rush é sensacional!
De certa forma o resultado dessa semifinal era previsível. Encontrei com Ailton ontem e ele concordou comigo em dizer que a Alemanha venceria esta Copa. Tudo que ele prevê em relação à Copa acontece ao contrário. Ele desclassificou o Brasil ao dizer que chegaríamos à final. Não foi Parreira, nem os jogadores. A culpa é de Ailton!
Aí vão as minhas previsões para o resto da Copa (por favor Ailton, discorde!): França bate Portugal e vence a final com a Itália. Felipão repete o melhor desempenho dos lusitanos e vence a disputa com a Alemanha. Tenho dito!
quinta-feira, 22 de junho de 2006
O gol mais bonito da Copa 2006
Vocês podem escolher qualquer um e é bem verdade que podem surgir outros mais bonitos, mas já escolhi o meu. Fiz um desenho tosco para representá-lo, mas se quiserem podem desprezar a imagem e ler a descrição da Folha Online logo abaixo para o primeiro gol do empate em 2 a 2 entre Inglaterra e Suécia na última terça-feira (20).
"Aos 34min, a defesa sueca afastou mal uma bola de sua área. O meia Joe Cole matou no peito e, da intermediária esquerda, mandou um belo tiro no ângulo esquerdo do goleiro Isaksson, que não conseguiu evitar o primeiro gol inglês".
Matéria completa da Folha
POST EDITADO: Assista o gol pelo You Tube!
quinta-feira, 15 de junho de 2006
Se Parreira fosse um homem...
Tiraria Ronaldo, o Femínimo, aos 15 minutos do primeiro tempo contra a Croácia. Ele está sem ritmo de jogo e fazendo com que o time perca oportunidades importantes de ataque. Parreira pensa que jogo de Copa do Mundo é spa de jogador. O resultado disso é um Brasil que encoraja as outras seleções a se esforçarem um pouco mais e a não temerem o "favorito".
Não sei o que Parreira quis dizer com "excepcional" ao comentar a vitória do Brasil. Só penso no trocadilho implícito. A Croácia poderia até ser apontada como o adversário mais forte da Seleção na primeira fase, mas não é nenhuma estrela do futebol mundial. Ganhar por 1 a 0?! Muita gente diria que foi "cagada", aliás a atuação do goleiro e dos defensores foi tão importante quanto o gol de Kaká.
Ao invés de demagogias, o técnico deveria reconhecer seus erros e os de sua equipe. Deveria assumir o compromisso de uma apresentação mais convincente no jogo do dia 18. A vitória magra nos dá um saldo de gols baixo e desanima os torcedores quanto ao que esperar das oitavas-de-final quando o Brasil deve enfrentar Itália ou República Tcheca. Somos os melhores do mundo, é preciso fazer jús à fama e à História. Que nosso maestro não desafine.
domingo, 28 de maio de 2006
De volta à melhor idade
Encontrei um cidadão que acha que a velhice é a melhor idade: Zuenir Ventura. Antes que alguém se pergunte "mesmo?", vou contextualizar. Zuenir, que está prestes a completar 75 anos, esteve em João Pessoa para participar da 1ª Bienal do Livro da Paraíba.
O jornalista e escritor convidado disse que não gostava de quando lhe faziam perguntas do tipo "que conselho você poderia dar aos mais jovens". Zuenir acredita que não tem conselhos a dar porque os tempos são outros e cada um deve buscar seus próprios caminhos.
Zuenir Carlos Ventura, que ainda tentou emplacar o segundo nome porque detestava "Zuenir", contou que em sua vida tudo aconteceu por acaso, inclusive a escolha de sua profissão. "Só não pude confirmar até hoje se eu fui gerado por acaso", brincou.
"Quando eu era adolescente era tão difícil, havia tantas incertezas. Estou vivendo a melhor fase de minha vida. (...) Eu sou como aquele filme que fiz sobre o Paulinho da Viola: meu tempo é hoje!", concluiu.
sexta-feira, 19 de maio de 2006
O bom malvado
Quem nunca ouviu falar de André Dahmer deveria procurar saber. Desenhista profissional, autor de uma das tiras mais divertidas e ácidas publicadas na internet, os Malvados.
Dahmer critica a sociedade e seus costumes burgueses, a fraqueza do macho, as ilusões dos idealistas e ainda estetiza a violência física e moral.
O desenhista produz diariamente uma tira em seu site, que além dos quadrinhos vem com uma espécie de "briefing" da piada do dia no topo e uma sugestão de busca no "cata-corno google". Navegar nos links recomendados por Dahmer também é um passatempo ótimo. Foi ali que descobri o blog de Allan Sieber.
A tira de hoje motivou o post, mas recomendo o link "Tiras Malvadas" no menu à esquerda. Fiz questão de "congelá-lo" para a posteridade! Processe também!
segunda-feira, 1 de maio de 2006
E por falar em fetiche
...chegou Dove Clear Tone. Muitos de meus amigos mais chegados sabem, mas como aparece gente de fora por aqui (sejam bem vindos!) e eu não tenho receio de comentar, aí vai: tenho fetiche por sovaco. Femininos, claro. Tanto que criei uma comunidade no Orkut acatando a sugestão de uma amiga minha, tantas vezes importunada pelos meus dedos em suas axilas.
Venhamos, há quem resista a uma axila feminina, cheirosa e lisinha? E para completar sem desodorante? Uma delícia! Só dá vontade de beijar. Fazer cócegas aos beijos em uma axila assim é um prazer sem medida! É andar no limite entre o prazer e o incômodo. Ela quer abrir-se aos beijos, mas as cócegas a retraem. Uma alegoria do jogo da sedução.
Semana passada, como que um presente publicitário, vi nas duas revistas semanais que assinamos a propaganda desse desodorante que previne a pele de manchas escuras nas axilas. A foto não poderia ser outra: um delicioso sovaco escancarado e lisinho de mulher. Minha humilde comunidade permanece com cinco silenciosos membros (não costumo divulgá-la, pra quê?), mas tenho certeza que os amantes dos sovacos são numerosos e estão em todas as nações. O Mercado já nos descobriu.
PS: Apesar do fetiche antigo, somente semana passada descobri que o correto é sovaco. Você também achava que era "suvaco", hein?
quarta-feira, 12 de abril de 2006
Salve o politicamente correto!
O título não é uma saudação - só um trocadilho mesmo! O caso é que se tem uma coisa que me incomoda é o tal do "politicamente correto" no que se refere à linguagem. Esse jeito forçado de tentar "poupar" alguém ou alguma coisa de uma palavra ou sentido incômodo.
A última que ouvi foi em uma matéria do Band News hoje pela manhã que falava das recomendações de linguagem para o Reino Unido na abordagem dos conflitos envolvendo muçulmanos. Agora se deve evitar "terrorismo islâmico" e usar "terrorismo dos que invocam o Islã de forma abusiva". Isso pra mim é exagero!
No mesmo balaio eu coloco "afro-descendente" em vez de "negro", "pessoas com deficiência" em vez de "deficientes", "deficiente visual" em vez de "cego", e principalmente, o hours concours "melhor idade" que substitui "terceira idade". Aliás, os outros tentam substituir, mas esse mente mesmo!
Vamos ser sinceros: uma pessoa com deficiência é deficiente! Ninguém está o chamando de burro, ou incapaz. E o negro, deixa de ser negro porque é afro-descendente? Lembro de uma entrevistada do Programa Sem Censura, da TVE que frisou: "Não, imagina?! Eu sou cega, sim. Não precisa me chamar de deficiente visual".
Quando eu ficar velhinho, se assim Deus permitir, podem ter certeza que não vou considerar aquela a melhor idade.
segunda-feira, 27 de março de 2006
O milagre de Daigo
Já fazia um tempo que eu queria escrever sobre Daigo Umehara, mas daí veio Andrei e postou antes de mim. Fogo é que abre um precedente para dizerem que eu estou o imitando. Mas vai assim mesmo.
Pra quem nunca ouviu falar em Daigo Umehara e sabe inglês, recomendo clicar aqui e ler o que a Wikipedia diz sobre ele. Pois é! Daigo é verbete da Wikipedia!
Eu não sei se esse garoto japonês tem outras atividades, mas Daigo ganha dinheiro vencendo oponentes em campeonatos de videogame, em jogos de luta como Street Fighter. Ele ficou mundialmente famoso depois que um video (veja links no fim do post) foi difundido na internet com uma incrível virada de Ken (comandado por Daigo) sobre Chun Li (comandada por Justin Wong), durante a semifinal do Evolution 2004.
Seu Ken estava perto de morrer enquanto a Chun Li do oponente tinha "life" de sobra. Era a terceira luta da melhor de três. Daigo então começa a dar uma seqüência de golpes que vai detonando Justin Wong, mas como ele já estava "fraco", dois golpes poderiam matá-lo. Justin consegue dar um deles e depois apela para o "special", comando que pode ser usado em alguns momentos e faz o lutador dar uma seqüência violenta de golpes.
Se o Ken de Daigo defendesse o "special", morreria por "chipping" (dano de defesa). Então em vez de defender os 15 golpes, ele ataca com sincronia perfeita cada um deles, inclusive o último que era um aéreo. E pra completar a obra prima, Daigo devolve o "special" e liquida Justin levando a platéia e o narrador do combate ao delírio.
Custei a acreditar. Pensava que era montagem, que era impossível sem desconfigurar o jogo. Depois de ver várias vezes fiquei convencido. Se você já jogou Street Fighter alguma vez, o video é imperdível. Confira os links abaixo:
Obs: Uma dica para ver os vídeos é deixá-los passar por completo sem som e depois colocar do início.
Virada de Daigo
Os três rounds da luta entre Daigo e Justin
Uma explicação para a técnica de daigo está aqui.
terça-feira, 14 de março de 2006
Aproveite as flores e sepulte
Esse post é uma tentativa de "boa ação do dia", que termina valendo até quinta, já que espero que esse filme saia de cartaz nesta sexta-feira (17)*. Flores Partidas (EUA, 2005) é provavelmente o pior filme que vi nos últimos 12 meses. Pensei em escrever um crítica séria - que o destruísse -, mas resolvi fazer um "apelo solidário" para salvar os espectadores destes lastimantes 106 minutos.
A sinopse é ótima. Um solteirão, conhecido como um "Don Juan" em sua juventude, recebe uma carta supostamente escrita por uma de suas ex-namoradas. Ela afirma que estava grávida há 19 anos atrás quando ele a deixou e resolveu ter o filho sozinha. A mulher não assina a carta, mas avisa que seu filho saiu numa misteriosa viagem, provavelmente em busca de seu pai. O homem prepara uma lista de ex-namoradas e com a ajuda de um amigo parte em busca da provável autora.
Bill Murray interpreta Don Johnston, personagem central dessa história vendida como comédia, mas que se enquadra melhor no gênero drama. Conhecido por interpretar personagens que exploram o humor do mau-humor, Murray aparece em diversas tomadas, longas diga-se, fazendo coisas monótonas como assistir a um filme ou desenho animado antigo sem esboçar qualquer expressão facial. A idéia é convencer o espectador que Don Johnston tem uma vida vazia.
Winston (Jeffrey Wright), seu vizinho, um negro com sotaque jamaicano, é metido a detetive e logo que vê a carta que Don recebeu tenta descobrir de onde ela foi enviada. Sem êxito, pede ao amigo que faça uma lista de namoradas que teve na época e graças ao MSN Search (vocês pensavam que só filme nacional tinha merchandising?!) localiza endereços, passagens, locais para alugar um carro, e traça o roteiro de viagem. Jonhston diz que não viajará e viaja.
Daí até o filme acabar temos uma seqüência de encontros infrutíferos que mostram como a vida foi ruim para todos. Don Johnston permanece tão sedutor quanto há 20 anos usando a infalível técnica de ser educado e falar pouco. No caminho, ele encontra jovens viajantes - um deles pode ser seu filho! - e volta para casa tão feliz quanto partiu.
O final é "surpreedente", claro que não vou contar. Recomendo aos que gostam de filmes alternativos, com uma estética diferente ou uma narrativa que foge ao comum, que loquem Trainspotting. Brincadeira. Não era isso que eu iria dizer. Mas quem insistir em ver essa obra (trocadilho!) de Jim Jarmush, espere chegar às locadoras e chame dez pessoas para rachar o preço. Acho que por 50 centavos a frustração é menor. Se você acha difícil convencer alguém a assistir isso, apele para os adolescentes. Diga que tem uma mulher que aparece totalmente nua (refiro-me à nudez gratuita da conhecidíssima Alexis Dziena. Quem?) durante a sessão.
* A esperança é a última que morre, mas morre. Ficou mais uma semana.
sábado, 4 de março de 2006
Mais que Chico Buarque
Eu estava lá. Restaurante Yokan, Cabo Branco, por volta das 23h30 da última quinta-feira (2). Tinha ido ao cinema e minha amiga havia sugerido comida japonesa. Quando estava me servindo encontrei Bráulio Tavares na fila.
Comentei baixinho "já viu quem está aí? (...) Bráulio Tavares".
Juro que não foi por tietagem, mas sentamos numa mesa perto da dele, na área externa. Dentro do restaurante estava muito barulhento. Daí, enquanto comíamos e conversávamos chega esta mulher, uma balzaquiana. "Olhe sou sua fã. Tenho todos os seus livros*, leio todos os seus artigos. Você é mais que Chico Buarque, porque é paraibano".
Claro que a essa altura eu e minha amiga já trocávamos risos discretos, a posição que estávamos sentados ajudava a disfarçar. A mulher foi embora e eu fiquei pensando no post.
Bráulio Tavares é um gênio. Não bastasse sua erudição intelectual que o torna internacionalmente conhecido no campo da ficção científica, desenvolveu seu lado artístico como poucos na Paraíba. É um cordelista de primeira qualidade e suas parcerias musicais constituem as melhores faixas de alguns discos que ouvi ou assisti (DVD é disco, não é?).
Até aí tudo bem. O que soou estranho foi dizer que ele é maior que Chico Buarque porque é paraibano. Ela ainda disse que se Bráulio estivesse no Rio seria muito mais famoso que o músico carioca. Mas até onde sei, Bráulio mantém residência naquele estado.
Não concordo que nosso representante paraibano supere Chico Buarque, digo já quebrando o conceito político-acadêmico correto de que arte não se compara. Bráulio Tavares e Chico Buarque já cravaram os nomes no leque de artistas competentes da História cultural do Brasil. O fato dele ser paraibano nos enche de orgulho, mas não é motivo para dar um "up" na sua gradação.
Acho que esse foi mais um exemplo de que na Paraíba nos sentimos menores e temos necessidade de nos auto-afirmarmos repetindo constantemente - você já deve ter ouvido - que em determinado contexto "a Paraíba não fica devendo" a esse ou aquele lugar.
* Duvidei disso. Será que ela tem "O que é ficção científica"?
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006
Que Breno?
Considerando que estou com 27 anos, prestes aos 28, chego a conclusão que não alcancei a maioria dos meus sonhos. Também constato que dificilmente passarei para a História universal. É mais fácil eu procurar o bispo Macedo e tentar entrar para a história da Universal. (Esse trocadilho foi um lixo, mas eu vou deixar no post.)
A maior parte dos gênios sobre quem já li executou suas grandes obras entre os 20 e 25 anos. O mesmo acontece com a maioria dos que obtiveram reconhecimento em suas áreas de atuação.
Dito isto, devo estar ancorado ao anonimato, aos mediocremente satisfeitos ou descer um degrau e virar um grande Zé Ninguém.
Minha expectativa derradeira é procurar a liberdade na ciência, tornar-me um erudito, estragar minha visão nas letras miúdas dos livros empoeirados. Os inquietos mudarão o mundo.*
* Benjamin Abrahão no epílogo do filme Baile Perfumado (Brasil, 1997).
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
Preguiçoso não!
Tem gente que diz que eu sou preguiçoso - o que é uma grande injustiça - e outros que sou desorganizado - concordo em parte -, mas o fato é que tenho um talento especial para deixar para depois o que não gosto de fazer ou não me sinto competente para cumprir.
Isso não é preguiça, se fosse seria uma preguiça seletiva. Sou super ativo. Se pudesse estenderia o dia para 30 horas. Só assim teria as 24 que me são de direito e manteria outras seis para dormir, como de costume. Procuro aproveitar o máximo dos meus momentos de lazer, aulas, debates, conversas e tantas outras coisas que conseguem me deixar submerso de satisfação.
Durante esse período da UFPB tivemos uma greve e um recesso. Por minha vontade teria saído todas as noites. Procurei ficar atualizado no cinema, ler uns livros que estavam na estante e freqüentar as reuniões da igreja e dos amigos. Também freqüentei a locadora - nem sempre acertando a escolha - mas acredito que investi bem meu tempo, pelo menos na maioria das vezes.
Mas as pendências acadêmicas permaneceram. Não posso dizer que alcancei meus objetivos. Assim como as falíveis resoluções de Ano Novo, planejei quitar todos os trabalhos de Metodologia do Ensino da Música e os da especialização de jornalismo cultural. Agora tenho oito dias para fazer dez trabalhos de metodologia. Já da especialização falta o trabalho final, que tinha dois meses para corrigi-lo e até agora nem toquei nisso, e dois trabalhos menores dos módulos. Que dureza!
sábado, 28 de janeiro de 2006
Mera coincidência
Outro dia eu estava prestando atenção na propaganda do Governo da Paraíba - a que mostra um ator viajando pelos municípios de todo o estado mostrando as obras da gestão de Cássio Cunha Lima. Notei que esse ator é fisicamente muito parecido com Cícero Lucena, o mais provável candidato a senador da chapa governista. Ele é magro, cabelo baixo, usa óculos, tal qual o ex-prefeito de João Pessoa.
Acredito que nesse caso as aparências não enganam. (Aliás, na maioria das vezes as aparências se confirmam.) Um garoto-propaganda que é a cara do pretenso senador deve contabilizar em votos, ou pelo menos numa receptividade melhor à sua presença nos palanques, mesmo porque a propaganda é muito boa - e cara, creio.
Como a ignorância tem os pés fincados na Paraíba - coisa que nossos políticos não pretendem mudar - o anúncio de uma obra de pequeno porte é tido como uma boa notícia. Imagino que o custo de produção algumas dessas peças publicitárias seja maior do que o benefício anunciado. Ao invés de nos indignarmos com a série de inserções no horário nobre da Globo para dizer que uma rua foi calçada, achamos (inclua-me fora disso!) que o Governo está trabalhando pela Paraíba.
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