quinta-feira, 14 de abril de 2005
Ação, adagas e amor
O Clã das Adagas Voadoras (China, 2004) é muito bonito. O diretor Zhang Yimou (que também é roteirista e produtor do filme) equilibrou perfeitamente as cenas de ação, com as típicas coreografias do cinema chinês, aos momentos de romance.
A história tem supresas no roteiro e quebra os paradigmas de situação dramática - conflito - climax - desfecho das produções ocidentais. As forças polarizantes, o governo chinês e o Clã, apenas ambientam o enredo onde brilham os personagens.
Mesmo que não houvesse um roteiro cativante e boas interpretações, a estética da fotografia mais que pagaria o ingresso. Zhao Xiaoding apreende com maestria o colorido das paisagens e dos personagens. Também explora em profundidade a câmera-lenta.
Não é um filme para quem procura realismo, incomoda-se com pessoas "voando" pelas árvores, nem para os que detestaram O Tigre e o Dragão (Taiwan, 2000). Impossível não associar um ao outro que também traz Zhang Ziyi no elenco. O Clã das Adagas Voadoras é menos profundo, mas igualmente marcante.
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